A Toyota negou que fosse vender o C-HR no Brasil durante o Salão de Tóquio, mas também disse que venderá por aqui um híbrido com motor flex. Também disse que esse tal híbrido não é o Prius, o que poderia apontar justamente para o C-HR, que é vendido na Europa com essa motorização. Enquanto se debate se esse campeão de vendas da marca virá ou não para cá no curto prazo (no longo ele é certeza), o pessoal dos EUA se diverte com o crossover compacto. E da melhor maneira possível, sob os auspícios do SEMA Show. Foi lá que a Toyota e a DG-Spec transformaram esse pacato veículo em um monstro de 600 cv. Com direito a gaiola de proteção e o escambau.
O segredo para a transformação do cordeiro em lobo foi a adoção do mesmo motor 2.4 2AZ-FE, usado pelo RAV4, em um entregador de mais de 200 cv. Para isso, ele recebeu um turbocompressor Garrett, que sopra com 23 psi de pressão, componentes forjados e comando de válvulas reforçado. A CVT deu lugar a um câmbio manual de 5 marchas.
Como a ideia da marca não foi fazer apenas uma bala de canhão, mas sim um supercarro capaz de ir bem em um circuito, ela o dotou de um kit aerodinâmico que aumenta o downforce em 136 kg, freios Brembo de 4 pistões, rodas de aro 18 com pneus Toyo Proxes RR 275/35 R18, suspensão DG-Spec e mais uma série de coisas que permitem que ele gere 1,2 G nas frenagens e aguente pressões laterais de 1,7 G. Um carro de corrida com carroceria de familiar. E infelizmente um exemplar único, voltado só à demonstração do que o C-HR pode fazer. Por aqui, ele poderia vender muito bem. Bem que a Toyota poderia se animar a vendê-lo por estas bandas...