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Primeiras impressões - nova Ford Ranger Limited V6 estabelece novo patamar entre as picapes médias

Tecnológica e potente, nova geração da Ranger entrega mais conteúdo custando menos que as rivais

Após lançar a icônica F-150 e a versão híbrida da Maverick, a Ford segue a sua ofensiva no mercado brasileiro com o lançamento da nova geração da Ranger. Totalmente renovada e com preços competitivos, a picape estreia repleta de tecnologias inéditas no segmento e uma nova motorização V6 turbodiesel.

Neste primeiro momento, a nova Ford Ranger está disponível apenas nas versões XLT (R$ 289.990) e Limited (R$ 319.990), ambas equipadas com o motor 3.0 V6 turbodiesel de 250 cv de potência e 61,1 kgfm de torque, conectado ao câmbio automático de 10 marchas e tração 4x4.

Mais voltadas para o uso comercial, as versões XL e XLS serão lançadas entre agosto e setembro deste ano. Essas variantes serão movidas pelo também novo motor 2.0 turbodiesel de 170 cv e 41,3 kgfm, com opção de câmbio manual ou automático, ambos de seis marchas.

Subindo o sarrafo

Se a antiga geração da Ford Ranger já era elogiada por ser uma das picapes mais bem equipadas da categoria, a novata eleva o nível de tecnologia para o desespero da concorrência.

Desde a versão XLT, a nova Ford Ranger V6 é equipada de série com sete airbags, controles de estabilidade e tração, freios a disco nas quatro rodas, freio de estacionamento eletrônico, manopla de câmbio E-Shifter, frenagem autônoma de emergência com detecção de pedestres, faróis de LED adaptativos, faróis de neblina em LED, retrovisores com rebatimento elétrico, rodas de liga de 17 polegadas, painel de instrumentos de 8” e central multimídia SYNC 4 de 10”, carregador de celular por indução, além de bancos e volante revestidos de couro, banco do motorista com regulagem elétrica e espelho interno antiofuscante.

A configuração ainda adiciona reconhecimento de sinais de trânsito, sensor de chuva, controle automático em descida, sensores de estacionamento dianteiro e traseiro e o seletor com quatro modos de condução (Normal, Eco, Escorregadio, Rebocar/Transportar).

A Ford coloca a Ranger XLT na disputa contra a Toyota Hilux SRV (R$ 289.990), a Volkswagen Amarok Highline V6 (R$ 302.370) e a Chevrolet S10 LTZ (R$ 321.470).

Já a versão topo de linha Limited adiciona a multimídia com tela vertical de 12”, ar-condicionado de duas zonas, descansa-braço traseiro, chave presencial, navegador off-road, monitoramento de pressão dos pneus e dois modos de condução extras (Lama/Terra e Neve). Visualmente, há detalhes estéticos exclusivos, como molduras dos para-lamas e santantônio estilizado na cor do veículo, racks no teto, lanternas em LED, rodas de 18” e protetor de caçamba.

Um kit opcional de R$ 20 mil acrescenta painel digital de 12,4”, rodas de liga leve de 20”, controle de cruzeiro adaptativo, sensor de ponto cego com cobertura de reboque, assistente autônomo de frenagem, alerta de tráfego traseiro, câmeras com visão em 360° e assistências de centralização de faixa, de cruzamentos e de manobras evasivas.

Mesmo com o pacote de opcionais, a Ranger Limited completa (R$ 339.990) não custa muito mais que as versões topo de gama de suas principais rivais: Toyota Hilux SRX (R$ 324.490), Chevrolet S10 High Country (R$ 331.990) e Volkswagen Amarok Extreme V6 (R$ 335.500). Mitsubishi L200 Triton Sport HPE-S (R$ 326.990) e Nissan Frontier Pro-4X (R$ 324.990) correm por fora.

Além do preço mais convidativo e dos novos equipamentos, a nova Ford Ranger também tem como apelo estar uma geração à frente das concorrentes. Visualmente, a picape ostenta um visual inspirado na F-150, com faróis em LED recortados pela grade frontal e os para-lamas mais musculosos. A tampa traseira exibe um vinco ligando as lanternas e com o nome da picape gravado em baixo relevo.

Mas é por dentro que a nova Ford Ranger entrega os sinais da idade das rivais. No caso da versão Limited, a mais completa, o painel de instrumentos digital de 12” e a enorme multimídia de 12,4” mostram que a Ranger quer ser a opção menor e mais em conta que a F-150. A alavanca de câmbio do tipo joystick e o freio de estacionamento também são exclusivos da picape da Ford no segmento.

Para “harmonizar” com todas as mudanças, a Ford lançou mão de um motor então inédito na Ranger, pegando em sua prateleira o Lion 3.0 V6 turbodiesel que equipara a F-150 na América do Norte durante algum tempo. Combinado ao moderno câmbio automático de 10 marchas, compartilhado com a própria F-150 e o Mustang, esse propulsor entrega o maior torque da categoria.

No entanto, a Ranger V6 prefere utilizar essa força no off-road ou para rebocar implementos de mais de três toneladas ao invés de entregar um desempenho digno de esportivo como a Volkswagen Amarok V6. Enquanto a picape da Ford demora pouco mais de 9 segundos para acelerar de 0 a 100 km/h, a rival da marca alemã cumpre a tarefa na casa dos 8 segundos.

Ainda assim, o seu desempenho é mais que satisfatório. No teste-drive realizado pelas rodovias próximas à fronteira da Argentina com o Chile, a Ranger V6 mostrou disposição suficiente para viajar tranquilamente pouco acima do limite de velocidade de 130 km/h (com o motor girando a 2 mil rpm a 120 km/h). Nos trechos de subida de serra, a picape aproveitou o torque generoso e as repostas ágeis do câmbio automático para realizar ultrapassagens com segurança.

Forte, o novo motor V6 também se mostrou mais sedento por diesel que o antigo 3.2 de cinco cilindros de 200 cv. A nova Ranger V6 tem consumo declarado de 7,5 km/l na cidade e 11,8 km/l na estrada, mas não passamos de 8 km/l numa tocada mais voltada para sentir o desempenho da picape do que preocupada em economizar combustível.  

Silenciosa, estável e com uma direção elétrica quase tão precisa quanto a de um automóvel, a nova Ranger praticamente se iguala em dirigibilidade à Volkswagen Amarok, a referência do segmento nesse quesito. As versões V6 ainda contam com o 4x4 automático, que utiliza um diferencial central para funcionar como um sistema de tração integral semelhante ao da Amarok. Notamos o recurso entrar em ação automaticamente durante um longo percurso de cascalho, que exigia cautela pela baixa aderência do piso, deixando a picape ainda mais “na mão” mesmo em velocidades que chegavam a beirar os 80 km/h.

Há ainda os seis modos de condução, específicos para diferentes tipos de terreno, que funcionam com a tração 4x4 convencional ou com a 4x4 reduzida e o auxílio de frenagem em descidas.

Independentemente da condição, os freios a disco nas quatro rodas se mostraram eficientes na hora de conter as mais de duas toneladas da picape, tanto no asfalto quanto na terra.

A própria Ford diz que as versões V6 serão mais voltadas ao uso pessoal, incluindo clientes urbanos que raramente vão utilizar o arsenal de tecnologias voltadas ao fora de estrada. De qualquer forma, há uma câmera frontal que projeta a imagem na multimídia para auxiliar na transposição de obstáculos, como valetas ou garagens apertadas.

Infelizmente não tivemos a oportunidade de testar a nova Ranger em algum lamaçal ou alagamento. A Ford diz que a picape é capaz de atravessar inundações de até 80 centímetros de profundidade.

Outro quesito no qual a Ranger melhorou consideravelmente é no conforto de rodagem. As novas suspensões são eficazes na absorção de impactos, controlando bem os incômodos pulos da caçamba vazia, mesmo com a picape utilizando as rodas de liga leve de 20” calçadas em pneus de perfil mais baixo que o do conjunto de 18”.

Veredicto a Ford melhorou o que já era bom e estabeleceu um novo patamar entre as picapes médias. Tecnológica, potente e boa de guiar, a nova Ranger certamente acendeu um sinal de alerta na concorrência, que vai ter de se mexer bastante para bater a picape da Ford que estreia se sobressaindo como produto.

Viagem a convite da Ford

Ficha técnica Ford Ranger Limited V6 (com opcionais)

Preço: R$ 339.990 (junho de 2023)
Motor: dianteiro, longitudinal, 3.0 V6, turbo, intercooler, injeção direta e indireta, a diesel
Potência: 250 cv a 3.250 rpm
Torque: 61,1 kgfm a 1.750 rpm
Câmbio: automático de 10 marchas
Tração: traseira, 4x4 sob demanda, 4x4 e 4x4 reduzida
Direção: elétrica
Suspensão dianteira: independente braços sobrepostos
Suspensão traseira: eixo rígido com molas semielípticas
Freios dianteiros: discos ventilados com ABS e EBD
Freios traseiros: discos ventilados com ABS e EBD
Pneus: 265/55 R20
Rodas: liga leve 20 polegadas
Dimensões: 5.370 mm de comprimento/ 2.208 mm de largura com espelhos/ 1.884 mm de altura/ 3.270 mm de distância entre-eixos
Volume da caçamba: 1.250 litros
Volume do tanque de combustível: 80 litros
Peso em ordem de marcha: 2.357 kg
Carga útil: 1.023 kg
Capacidade de reboque com freio: 3.100 kg
Capacidade de transposição de alagamentos: 800 mm
Aceleração de 0 a 100 km/h: 9,2 segundos
Velocidade máxima: 188 km/h (limitada eletronicamente)

Consumo (Inmetro)
Ciclo urbano: 7,5 km/l
Ciclo estrada: 11,8 km/l

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