Por mais que exista preconceito contra carros chineses, a importância daquele mercado cresce a cada dia. Não só pela quantidade de dinheiro que circula por lá, mas também pelos volumes inacreditáveis. Acredita-se que, por volta de 2050, o mercado chinês chegará a algo entre 42 milhões e 59 milhões de unidades por ano. E o ministro dos transportes chinês já disse à Reuters que, em 2025, eles terão um mercado de 35 milhões de unidades. Em 2016, seu melhor ano de vendas, os EUA, antigo maior mercado do mundo, vendeu 17,55 milhões de unidades. O que dá bem a dimensão do que os chineses têm a seu favor. Tanto que o governo de lá já anunciou que permitirá que fabricantes estrangeiros se estabeleçam no país sem a necessidade de joint-ventures até 2022. Acostume-se a ver os grandes lançamentos reservados para a China em vez de para os salões de Detroit, Frankfurt, Genebra ou Paris. A escolha do Salão de Pequim para a revelação da sétima geração do ES, chamada internamente de XV70, deixa isso bem claro.
Nascida e bem estabelecida nos EUA, a Lexus sempre privilegiou o mercado norte-americano. A revelação do ES na China evidencia a mudança de foco da marca. Não só da Lexus, mas de praticamente qualquer fabricante de carros que queira sobreviver aos novos tempos.
O novo sedã, ainda sem muitas informações, certamente oferecerá uma opção com o novo sistema híbrido da marca, o Multi Stage Hybrid presente no Lexus LS500h. E será fabricada sobre a variação intermediária da plataforma TNGA, a GA-K. Modelos mais baratos, como o futuro Corolla e o Prius, usam a GA-C. O Camry, o RAV4 e o ES ficam com a GA-K, enquanto o LS500h é fabricado sobre a GA-L.
A abertura do Salão de Pequim, no dia 25 de abril, deverá revelar todos os detalhes do novo sedã. Por ora, só podemos dizer que ele parece um LS em escala reduzida, "pero no mucho" menor.
