Antes tarde do que nunca é um ditado que se aplica muito bem aqui. Em 2008, no Salão de Paris, a Lamborghini apresentou o conceito Estoque. Ele estava para a marca dos touros como o Panamera para a Porsche. Seria um Lamborghini civil, fácil de usar, um que serviria para levar as crianças à escola. Mas, antes do Panamera, a Porsche teve o Cayenne. E a Lamborghini preferiu seguir o mesmo caminho. Terá, ainda este ano, seu novo SUV, o Urus. E seu sedã até 2021, segundo a revista britânica Autocar.
A exemplo do Urus, que usa a mesma plataforma MLB Evo do Cayenne, o futuro sedã da Lamborghini terá a mesma plataforma MSB usada pelo Porsche Panamera e pelo novo Bentley Continental GT. Questão de escala: em vez de ter uma plataforma própria, que custaria alguns bilhões de dólares para desenvolver, a Lamborghini usa o que já está disponível no grupo Volkswagen. Segundo a revista britânica, há uma corrente na empresa que defende o desenvolvimento de uma plataforma de fibra de carbono, que serviria não apenas ao modelo de quatro portas, mas também ao sucessor do Huracán e, eventualmente, também do Aventador. Mas não parece que essa corrente sairá vencedora. Especialmente considerando que o Urus já usará uma plafaforma conhecida.
O Estoque tinha 5,15 m de comprimento, 1,99 m de largura, apenas 1,35 m de altura e um entre-eixos de 3,01 m, com 1.665 kg. Seu motor era o mesmo V10 5.2 do Gallardo e do Huracán, com 560 cv e 55,1 kgfm. O modelo de produção certamente terá medidas mais próximas das apresentadas pelo Panamera, mas o estilo pode ter bastante a ver com o do conceito de 2008. E não deve haver risco de canibalização entre ele o Urus, segundo o pessoal da Lamborghini. Quem tem carros da marca tem mais de um automóvel. Os donos de Huracán, por exemplo, têm em média 4 automóveis na garagem. Os de Aventador, cerca de 7.