Uma das tecnologias mais promissoras para o futuro do automóvel é a pilha a combustível. Você talvez a conheça como célula de combustível ou nunca tenha ouvido falar dela, mas a gente explica. Essas pilhas usam hidrogênio puro para reagir com o oxigênio do ar e, na reação, gerar energia elétrica. É um processo inverso ao da eletrólise, com geração de água. É também o que o Toyota Mirai e o Hyundai New Generation FCEV usam para rodar. Mas não só eles. A GM apresentará em 9 de outubro, durante a reunião de outono da AUSA (Association of the United States Army, a Associação do Exército dos EUA), o que ela chama de Silent Utility Rover Universal Superstructure. Algo como superestrutura universal de veículo de trabalho silencioso. SURUS, para encurtar. Nada menos do que uma plataforma autônoma com pilhas a combustível.
A SURUS tem dois motores elétricos (um para cada eixo), um sistema de baterias de íons de lítio, a segunda geração das pilhas a combustível Hydrotec e tanques de hidrogênio que permitem que ela tenha uma autonomia de cerca de 650 km. A plataforma tem capacidades autônomas, suspensão de última geração, componentes de picape, como o chassi, e a capacidade de esterçar todas as suas quatro rodas. A GM não fala em capacidade de carga, mas mostra a SURUS transportando até contêineres.
O objetivo da SURUS é transportar carga a áreas de difícil acesso. Além de aplicações comerciais, ela poderia servir também às Forças Armadas, para transporte de armamentos, munições e outros suprimentos a locais de alto risco. Também pode servir para gerar energia elétrica nessas mesmas áreas. Por serem extremamente silenciosas, elas podem passar despercebidas muito mais facilmente por tropas inimigas. Algo que o Exército americano já percebeu com testes da Chevrolet Colorado ZH2, que está em teste em alguns de seus quartéis. Segundo a GM, ela pode chegar 10 mais perto de tropas inimigas antes de ser notada em relação a veículos com motores a combustão.