Ao contrário das expectativas, a GM não produzirá o SUV do Cruze em Rosario, na Argentina. O Equinox, que começa a ser vendido no Brasil ainda neste mês e também usa a plataforma D2XX, continuará a vir do México. O investimento anunciado nesta quinta (12) pela empresa, no valor de US$ 300 milhões, servirá para outro modelo. Que também será global, mas usará uma nova plataforma, que a GM não menciona em seu release oficial. De todo modo, ela é certamente a que servirá às novas gerações de Onix, Prisma, Cobalt e Spin, chamada de GEM (Global Emerging Markets).
O anúncio fecha um ciclo de anúncios importantes da empresa. Em agosto deste ano, a GM anunciou o investimento de R$ 1,4 bilhão (cerca de US$ 400 milhões) para Gravataí, com a chegada de 5 novos fornecedores, provenientes da China. Os termos são muito parecidos com os usados para a unidade de Rosario: "introdução de manufatura 4.0" e "desenvolvimento de novos produtos". No dia 3 deste mês, Barry Engle unificou as presidências da GM América do Sul e GM Internacional, reduzindo as divisões da companhia a 3: GM Estados Unidos, GM China e GM Internacional. A plataforma GEM é a coroa dessa nova estratégia.
Desenvolvida na China em parceria com a SAIC, ela servirá a uma nova família de modelos compactos. Estão previstos um hatchback, um sedã e um crossover, provavelmente inspirado no conceito Adra, mostrado acima, e também uma picape de porte maior que o da Montana. Ela seria uma concorrente direta da Fiat Toro e é, muito provavelmente, o modelo que será fabricado na Argentina. Enquanto o hatchback e o sedã devem ser feitos em Gravataí, o crossover tem previsão de sair da fábrica de São Caetano do Sul. A picape, ou seja lá o modelo que a GM pretende produzir na Argentina, deve chegar ao mercado em 2020.