Depois de supostamente acertar a previsão sobre a morte dos Mamonas Assassinas, em 2 de março de 1996, a vidente Mãe Dináh não deu mais uma dentro. Esperamos sinceramente que o I.D. VIZZION, o conceito elétrico que a Volkswagen mostra no Salão de Genebra, seja a Mãe Dináh automotiva. Pode até acertar que o futuro será elétrico, como, aliás, todo mundo já sabe, mas a visão de que ele será sem pedais ou volante, ou seja, de que eliminará a figura do motorista, é um bocado incômoda.
O I.D. VIZZION, a exemplo dos irmãos mostrados anteriormente, usará a plataforma MEB, modular e totalmente elétrica, e terá dois motores, um para cada eixo, para um total de 225 kW, ou 306 cv. Segundo a VW, ele terá cerca de 5 m de comprimento, autonomia de 665 km e será o último modelo da família I.D. a ser colocado à venda no mercado, em 2022. Outra coisa que a fabricante alemã diz é que ele poderia ser controlado por gestos e o uso de óculos de realidade aumentada mista, os HoloLens. O vídeo abaixo mostra como eles funcionariam.
Notou que não se fala nos comandos do carro propriamente dito, só de seus equipamentos? Isso é porque ele seria completamente autônomo. Mas a Volks promete que o que será colocado à venda terá, inicialmente, comandos convencionais.
Que ele tenha a capacidade de ser completamente autônomo, vá lá. Mas não ter nenhum comando, nem a possibilidade de os ocupantes o controlarem de algum modo é algo temerário. Nisso, concordamos com Alex Roy, do TheDriver.com, que lançou o Manifesto da Direção Humana. Ali, o autor e fundador da Human Driving Association diz que a direção autônoma não tem comprovação de ser mais segura do que a humana e que, se os carros tiverem autonomia, que seja se e quando o motorista quiser usufruir dela. Ou isso ou o I.D. VIZZION ficou devendo TV, mesa e frigobar para ser minimamente divertido.
O manifesto todo merece uma matéria própria. Confira dentro de alguns dias aqui na KBB!
