Quando falamos aqui sobre a importância de comprar veículos com boas notas em crash-tests, ou com a maior quantidade possível de sistemas de segurança, vemos frequentemente nos comentários no Facebook que um carro mais seguro que outros não salva vidas. Que é tudo obra do acaso ou da vontade divina e da hora de cada um, mas as estatísticas insistem em provar que essa turma está redondamente enganada. A evidência mais recente disso veio da Thatcham Research. Segundo um informe da BBC, o instituto de pesquisa averiguou todos os acidentes em que o Volvo XC90 esteve envolvido e constatou que ninguém morreu a bordo do SUV no Reino Unido. Nunca. Pelo menos não desde seu lançamento, em 2002, até o fechamento desta nota.
Tanto a primeira quanto a segunda geração do XC90 são modelos de 5 estrelas no Euro NCAP, sistema de testes muito mais severo do que o do Latin NCAP. E a segunda traz, de série, a frenagem autônoma de emergência, considerada pela Thatcham como a invenção mais importante em segurança desde a criação do cinto de segurança de três pontos (pela Volvo, diga-se de passagem). A Volvo deve estar satisfeitíssima. Afinal, a empresa tem o objetivo de chegar a 2020 com zero mortes causadas por seus veículos. O XC90, no Reino Unido, já fez sua parte. Com 18 anos de antecedência.
Além de mostrar isso com sua pesquisa, a Thatcham também reforça que segurança não deveria ser opcional. Enquanto isso, as empresas no Brasil tiram barras de proteção lateral de seus projetos e insistem em vender carros nota 0 no Latin NCAP. Com central multimídia de última geração.