Quando o próprio presidente da Daihatsu, Soichiro Okudaira, disse que seus produtos poderiam voltar ao Brasil, ainda que como produtos Toyota, ficamos de orelha em pé. Afinal de contas, a Daihatsu foi uma das marcas importadas mais bem sucedidas de nosso mercado logo que as importações foram reabertas. E um dos produtos que mais bem venderam por aqui foi o Terios. Que está para receber, em 23 de novembro, sua nova geração. E que dará origem a um modelo Toyota, o Rush. E não é que as histórias se casam bem?
Ainda não sabemos se o modelo usará a plataforma EFC, a mesma do Etios, ou a nova DNGA, que será usada por todos os produtos da Daihatsu no futuro, mas o Rush se encaixaria perfeitamente no mercado brasileiro. Primeiro, porque ele é um crossover compacto, um dos segmentos mais promissores de nosso mercado. Ele será baseado no conceito FT, de 2015, que tinha 4,35 m de comprimento, 1,75 m de largura, 1,69 m de altura e 2,69 m de entre-eixos. E não deve mudar muito, como mostram imagens vazadas publicadas pela Autocar India. Segundo, porque terá também uma versão de 7 lugares, que competiria bem com a Chevrolet Spin e em uma carroceria de maior demanda. Terceiro, porque o motor a equipá-lo deve ser o mesmo 1.5 usado pelo Etios. Quarto, porque a fábrica de Sorocaba bem que poderia ter mais um produto. E, por fim, porque o C-HR deverá chegar ao Brasil com motorização híbrida, como nos contaram os amigos do Autos Segredos. E isso deve torná-lo um modelo para competir com crossovers maiores, como o Jeep Compass.
Apesar de o novo Toyota Rush parecer uma escolha óbvia para nosso mercado, será que ele será vendido aqui. Será ele o modelo que Okudaira tinha em mente quando deu entrevista à Reuters? Não sabemos, mas vamos acompanhar a história de perto. Que faz todo o sentido, faz.
