A Toyota anunciou nesta quarta (22) que, se o mundo automotivo deixar de ser interessante, ou mudar tão radicalmente que já não comporte mais os fabricantes tradicionais, como ela, já terá para onde correr. E deverá vender "parceiros de comunicação" a quem se sentir sozinho no carro. Foi o que pudemos entender do anúncio das vendas do Kirobo Mini, um robozinho que aplica inteligência artificial para conversar com seus donos.
Com apenas 10 cm quando está sentado, o robô "cresce", segundo a Toyota. Não em tamanho, mas em aprendizado. E está à venda em todas as concessionárias da marca no Japão por 42.984 ienes (cerca de R$ 1.250). Veja abaixo um vídeo de apresentação (em japonês e com legendas apenas em inglês).
Neste outro vídeo, o Kirobo mostrar seu lado mais assustador (ou encantador, dependendo de quem assiste). Ele aprende os gostos da dona, encoraja a moça na procura por um emprego e a acompanha com os olhos e com a cabeça. Ele também usa a cabeça e os braços para gesticular. É, em suma, um Tamagochi que se mexe de verdade, mas capaz de aprender.
Em tese, o Kirobo Mini nasceu como um assistente para o automóvel e para as novas Toyota Home, casas inteligentes controladas por computador. Mas ele é apresentado mais como um assistente para quem se sente sozinho do que como um elemento de utilidade prática para quem dirige. Seria, de modo resumido, uma resposta tecnológica para a carência. E deve fazer sucesso no Japão. É a única explicação para uma fabricante de automóveis considerar mudar de ramo, como neste caso.