Em novembro do ano passado, Carlos Ghosn, o presidente mundial do grupo Renault, disse que o Renault Kwid elétrico, que será fabricado na China, será exportado para a Índia e para o Brasil. E que o modelo seria vendido pelo equivalente a US$ 8.000. Com preço e expectativas deste nível, só faltava conhecer o modelo. E ele foi revelado nesta segunda pela marca francesa. Será uma das estrelas da marca no Salão de Paris e atende pelo nome de K-ZE. K de Kwid, obviamente.
O modelo elétrico terá uma autonomia de 250 km, o que o torna o elétrico acessível de maior autonomia do mundo. O modelo será fabricado na China em parceria com a Dongfeng e com a Nissan, por uma joint venture chamada e-GT New Energy Automotive Co. Até a Europa pode se tornar alvo do elétrico acessível, considerando a demanda por veículos deste tipo no Velho Continente.
Além do Kwid elétrico, a Renault mostrará também a tecnologia e-Tech, que será usada na eletrificação de modelos como Clio, Captur e Mégane. Aliás, em todos os seus modelos B e C, ou seja, compactos e médios. Em vez de hibridização leve, apenas com um alternoarranque, o sistema terá também um motor elétrico acoplado a uma transmissão multimodo inteligente, seja lá o que isso queira dizer. Teremos os detalhes em breve. Por ora, sabemos que a nova transmissão será chamada DHT, ou Dedicated Hybrid Transmission, o câmbio dedicado híbrido.
A empresa também revelará o AEX, um sistema de realidade virtual que será usada nos veículos para exibir informações dos locais visitados e tudo que puder "enriquecer a viagem", nas palavras da fabricante francesa. Interessante, mas nada tão legal quanto a ideia de um carro elétrico acessível para os brasileiros. Resta saber quanto tempo levará para o K-ZE se tornar o Kwid elétrico nas concessionárias brasileiras. E a que preço.
