Não bastou ao Porsche Cayenne de 3ª geração ter chegado maior e mais leve em agosto do ano passado. Havia enorme expectativa sobre a versão híbrida do SUV grande, que prometia torque alto e muita economia de combustível, exatamente as coisas que os compradores do modelo com motor diesel buscavam. Pois agora, mesmo que a Bosch tenha resolvido o problema de emissões dos diesel de uma vez por todas, dificilmente o Cayenne terá vendas que justifiquem uma versão com esse tipo de motor. Afinal, o Cayenne E-Hybrid oferece tudo isso em doses quase inacreditáveis.
Para começar, quem poderia imaginar que um modelo deste porte poderia fazer 31,3 km/l? O Cayenne tem quase 5 m de comprimento (4,92 m, para sermos mais exatos, 1,98 m de largura, 1,70 m de altura e 2,90 m de entre-eixos) e 2.295 kg... E ainda consegue rodar até 44 km só com a carga de suas baterias, podendo atingir, só com os motores elétricos, uma velocidade de 135 km/h, que obviamente encurta a carga. Nada que o V6 de 3 litros não possa ajudar a recarregar.
Juntando o motor a combustão, que sozinho entrega 340 cv, com o elétrico, que adiciona outros 136 cv, a potência total, descontadas as perdas, fica em 462 cv, com um torque total de 71,4 kgfm. A velocidade máxima do modelo é de 253 km/h e ele acelera de 0 a 100 km/h em 5 s.
Com esses números, o Cayenne servirá bem não só aos interessados em andar rápido, mas também em economizar combustível. Ou apenas em dispor de um veículo menos poluente do que os comuns sem ter de abrir mão de desempenho ou de autonomia. Um tremendo ganha-ganha para quem tiver a sorte de uma conta bancária que permita a compra deste SUV, elogiadíssimo por crítica e público desde sua primeira geração.
