Um seguro contra quebra de vidros é uma medida prudente e, por um valor razoável (o preço varia de seguradora para seguradora), fica-se a salvo de um rombo inesperado no orçamento. É que não há nenhuma receita para evitar danos ao para-brisa. Tal como furos nos pneus, podem-se passar anos sem ter nenhum problema e, de repente, ocorrerem vários. Normalmente, as seguradoras exigem fazer uma inspeção nos vidros do veículo antes de aceitar o seguro.
As causas
Exceto em acidentes, a causa mais comum para partir o para-brisa envolve pedras projetadas pelos veículos que circulam à frente. Também pode acontecer de os vidros (em especial o para-brisa) racharem devido a mudanças bruscas de temperatura. Seja qual for o caso, é muito aconselhável proceder à imediata reparação (se possível) ou substituição do vidro danificado.
As pequenas quebras, mesmo que não afetem diretamente a segurança do veículo, acabam sempre por ter uma influência negativa na estética (além de não passar em inspeções) e, se estes danos não forem reparados de imediato, tendem, mais cedo ou mais tarde, a progredir – por exemplo, devido as vibrações inerentes à rodagem dos carros. Pode-se, com o tempo, chegar a quebra total do vidro, o que, consequentemente, exigirá sua substituição.
Vidros laminados
Os danos relacionados com a quebra de vidros laminados podem ser classificados da seguinte forma: estrela; olho de boi; combinado; meia-lua (trata-se de um dano de forma igual à metade de um olho de boi); ruptura em greta ou fissura. Dependendo da extensão, há boas possibilidades de reparar o problema com o uso de uma resina.
A reparação de um vidro laminado, face à tradicional substituição por um novo, apresenta várias vantagens. O processo é mais barato. A reparação poder ser feita em casa por empresas especializadas, sendo o tempo de imobilização do veículo muito reduzido. Pode-se manter o vidro original montado de fábrica e sua respectiva colagem, evitando-se assim os possíveis riscos derivados do processo mais complexo de substituição. Por fim, isso também contribui para a proteção ambiental, ao reduzir o desperdício.
As reparações de vidros devem ser realizadas por técnicos especializados que disponham dos conhecimentos necessários e de equipamento adequado para conseguir um bom resultado no processo.
Barato que sai caro
É verdade que, na internet, se apresentam diversas soluções para a reparação caseira de vidros rachados, mas esta é uma operação complexa e há poupanças que podem sair caras. Outra coisa, essa sim aconselhável, é pedir um orçamento a diversas empresas, pois os preços podem variar.
Como já dissemos, há limites à reparação do dano em vez da substituição total do vidro. A rachadura não deve ter um diâmetro superior a uma moeda de R$ 1. Ela deve estar a pelo menos 6 cm de distância dos limites do para-brisa. Para evitar possíveis distorções à visão do condutor, estabeleceu-se uma zona de exclusão para o para-brisa de cerca de 30 cm de largura alinhada ao centro do volante. Se o dano for dentro dessa área, a reparação não é recomendável.
De qualquer forma, deve-se sempre pedir a opinião de uma ou várias empresas no sentido de saber se o dano é reparável ou se recomenda a montagem de um vidro novo.
Outro ponto importante (e válido mesmo para quem tenha seguro de quebra de vidros): em caso de substituição, a qualidade dos vidros, como aliás a dos pneus ou de outros componentes automóveis, pode variar muito. Por isso, certifique-se da origem do vidro que substituirá o para-brisa. Não será necessário adquirir o vidro na concessionária, já que os fabricantes também compram os vidros de fornecedores, mas os mesmos devem ser homologados para uso no seu automóvel.