A escalada de lançamentos de modelos elétricos está cada vez maior. Depois de a Audi prometer a apresentação do e-tron para o próximo dia 17 de setembro e de a Jaguar mostrar ao mundo o i-Pace, chegou a vez de a Mercedes-Benz entrar na briga com seu primeiro elétrico de produção em série, o EQC. O SUV, que mira o sucesso do Tesla Model X, traz baterias de capacidade menor do que as usadas pelo concorrente norte-americano. Enquanto o Model X poder ter baterias de até 100 kWh, o EQC tem baterias de 80 kWh, que lhe proporcionam uma autonomia de mais de 450 km. Nada de ansiedade de autonomia, portanto.
O pacote de baterias do novo elétrico da Mercedes-Benz, com 650 kg, é um dos responsáveis por ele ser um verdadeiro peso pesado: são 2.425 kg. O EQC tem 4,76 m de comprimento, 1,88 m de largura, 1,62 m de altura e um entre-eixos de incríveis 2,87 m. O porta-malas do modelo comporta até 500 l de bagagens. Como não pretende bater recordes de velocidade, mas sim conservar sua carga por tanto tempo quanto possível, o EQC tem velocidade máxima limitada a 180 km/h. E consegue ir de 0 a 100 km/h em 5,1 s. Outra desvantagem para o Model X, cuja versão P100D consegue acelerar de 0 a 100 km/h em 2,3 s. Ou 2,28 s, para sermos mais precisos.
O que o EQC poderia oferecer que o Tesla não tem? Talvez o luxo e o refino de construção pelos quais a fabricante alemã é conhecida em todo o mundo. Apostamos também em preços bastante competitivos, certamente abaixo dos cobrados pelo Model X. O resto a Mercedes-Benz provavelmente deixará por conta de sua reputação e de sua capacidade de entrega. Fabricado em Bremen, na Alemanha, o EQC e a família EQ estarão em muitos outros lugares, com produção local de suas baterias. As do EQC vêm de Kamenz, fabricadas pela Deutsche Accumotive, uma empresa da Daimler, que fala em ter outras fábricas de baterias em Stuttgart-Untertürkheim, Pequim (China), Tuscaloosa (EUA) e Bangkok (Tailândia). A Mercedes-Benz não abre o jogo sobre números pretendidos de produção, mas, com experiência na coisa e uma rede ampla de distribuidores, não será difícil ela vender muito mais do que a Tesla em pouco tempo. A ver.