Quando muita gente morre por uma mesma causa, ela entra no radar dos serviços de saúde. Se ganha proporções muito altas, é tratada como epidemia. Traçado o paralelo, é incrível que os acidentes de trânsito no Brasil nunca tenham tido um tratamento preventivo à altura dos males que causam. São cerca de 40 mil vidas perdidas por ano, o que, por si só, já deveria ser uma tragédia, especialmente para as famílias que perdem seus entes queridos, mas ganha ares de catástrofe quando se contabiliza também feridos e os prejuízos de todo tipo causados por essa verdadeira doença: a falta de segurança no trânsito brasileiro. É por isso que o Observatório Nacional de Segurança Viária, o ONSV, com o apoio de entidades e empresas, como a Anfavea e a Honda, realiza em maio de cada ano o Maio Amarelo. Um mês inteiro para discutir e conscientizar sobre o problema.
Além das campanhas pela redução de acidentes e por uma direção mais responsável por parte dos brasileiros, o também usa um laço amarelo para conscientizar as pessoas sobre o tamanho do problema. Como o laço rosa alerta sobre o câncer de mama, o vermelho sobre a Aids e assim por diante. Mais do que tudo, para que o motorista brasileiro promova a única ação possível contra o problema: a "vacina" da conscientização.
Aqui na KBB a gente tem feito nossa parte alertando constantemente sobre a necessidade de comprar carros seguros. E também sobre por que apontar o motorista como o maior responsável pelos acidentes é fácil no Brasil, um país onde as pessoas carregam crianças e animais soltos no carro, não usam cinto de segurança, bebem e dirigem, fazem ultrapassagens proibidas e toda sorte de barbaridade ao volante. Dirigir de modo responsável já faria com que os acidentes caíssem drasticamente no país, como o vídeo abaixo mostra bem.
Neste Maio Amarelo que se inicia, lembre-se de que, se nada for feito, mais de 2 milhões de pessoas morrerão apenas em 2020. Eventualmente pessoas com quem você se importa e que quer ter a seu lado por muitas e muitas décadas. Ajude o Brasil a se curar dessa doença tão triste. E tão fácil de evitar.