Existe uma classe de veículos na Europa chamada, na França, de VSP (voiture sans permis). São veículos pequenos, menores até do que um smart fortwo, que só podem ser dirigidos nas cidades. Em compensação, você pode conduzi-los sem carteira de habilitação se tiver nascido antes de 1988 ou apenas com um curso básico de direção a partir daí. A China tem algo parecido com veículos elétricos, chamados de LSEV (Low-Speed Electric Vehicles, ou elétricos de baixa velocidade), com uma quantidade enorme de fabricantes, alguns quase de fundo de quintal. A Suzhou Eagle parece ser uma das mais estruturadas. E ela apresentou no final do ano passado um modelo que trará recordações até aos brasileiros. Trata-se, em linhas gerais, de uma Romi-Isetta elétrica. Com quatro portas, por mais que isso pareça estranho. Este é o Eagle EG6330K.
O urbaninho tem 3,30 m de comprimento, 1,47 m de largura, 1,47 m de altura (sim, altura e largura iguais) e entre-eixos de 1,94 m. Com um motorzinho de 4 kW (5 cv), o carrinho de 750 kg consegue transportar até 4 passageiros.
Sua autonomia máxima é de 120 km/h, provavelmente só com o motorista. E ele atinge a velocidade máxima de estonteantes 60 km/h, mais do que suficientes para rodar pela maior parte das ruas de uma cidade como São Paulo, por exemplo, onde o limite é de 50 km/h na maior parte das vias.
Algo deste tipo poderia ser uma excelente pedida para educar os motoristas brasileiros e evitar que eles fossem tão ruins quanto muitos dos que encontramos diariamente pelas ruas, mas não temos legislação que permita nada do tipo. Se permitisse, seria um modo nostálgico de educar as futuras gerações de condutores.
