Depois que a CAOA conseguiu realizar o sonho da marca própria com a compra das operações da Chery no Brasil, ainda falta ao empresário que lhe dá nome realizar outro plano: vender uma marca que seja comparável em qualidade às premium alemãs, como Audi, BMW e Mercedes-Benz. Foi o que ele deixou claro em uma entrevista ao jornalista Silvio Menezes, do canal de YouTube Carro Arretado. Além de citar a Genesis, marca de luxo da Hyundai que ele não conseguiu emplacar como premium no Brasil, Carlos Alberto de Oliveira Andrade também promete trazer ao Brasil a Exeed, linha de luxo da Chery.
A tal marca foi apresentada pela empresa chinesa no Salão de Frankfurt de 2017. Seria com ela que a Chery começaria a vender seus produtos na Europa e a ponta de lança seria uma SUV, o TX, apresentado naquele evento como conceito. Com 4,66 metros de comprimento, 1,87 m de largura, 1,69 m de altura e 2,70 m de entre-eixos, o TX traz uma plataforma chamada M3X, segundo a própria Chery. Ela seria de alto desempenho, o que equivale a dizer que pode atender às exigências europeias de segurança, expansível, o que dá a ideia de que é modular, e compatível com motorizações convencionais ou com híbridos plug-in. Veja no vídeo abaixo, por volta de 2:55, o empresário falar na vinda da marca ao Brasil.
Na China, a versão de produção do TX deve ser apresentada ainda em 2018 com motor 1.6 TGDI (turbinado com injeção direta) e com câmbio automatizado de dupla embreagem de 7 marchas. A potência do motor pode ir de 190 cv a 218 cv e seu torque, de 28 kgfm a 32,6 kgfm, dependendo da programação. Além do motor convencional, o TX terá também uma versão híbrida plug-in. Em modo puramente elétrico, ela poderá chegar à máxima de 120 km/h e recuperar 80% de sua carga em 30 minutos com um supercarregador. A recarga completa levaria apenas 4 horas em uma tomada convencional.
Resta apenas saber se o modelo será vendido a bom preço, algo que a CAOA Chery tem se esforçado por fazer, e se a vinda da marca é algo em que se possa confiar. A certa altura do vídeo, o empresário também diz que a CAOA e a Hyundai mantêm um relacionamento "de primeira linha". O que até pode ser verdade, mesmo que a Hyundai queira tirar das mãos da CAOA o direito de importação de seus veículos, mas parece muito pouco provável diante da atual conjuntura.