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Primeira volta KBB™ - Ssangyong Tivoli

Modelo de entrada da marca coreana promete vir bem recheado, a bom preço. Mas será que isso compensa o motor 1.6?

O segmento de crossovers e SUVs compactos é o que mais cresce no mercado brasileiro. Não por acaso: eles são a opção mais acessível para quem procura um modelo alto e de aparência robusta. Nada mais natural, portanto, do que a Ssangyong trazer para cá também sua opção mais em conta, o Tivoli.

Introdução

O Tivoli fez sua estreia mundial em 2015 e tem 4,20 m de comprimento, 1,80 m de largura, 1,59 m de altura e um entre-eixos de 2,60 m. Bastante bom para o tamanho do carro e muito próximo ao do atual SUV topo de linha da marca, o Korando. Seu porta-malas comporta 423 l.

Ssangyong Tivoli

Para animá-lo, o Tivoli tem no exterior duas opções de motor, ambas 1.6: um turbodiesel de 115 cv e 30,6 kgfm e um 1.6 a gasolina de 128 cv a 6.000 rpm e 16 kgfm a 4.600 rpm. Por conta da legislação brasileira, este último é o único que pode ser vendido aqui, com tração apenas dianteira. Lá fora, o modelo também é oferecido com tração nas quatro rodas. O câmbio é automático de 6 marchas, da Aisin.

Ssangyong Tivoli

Assim como com o Korando, a estratégia da marca é oferecer excelente conteúdo a preço competitivo. Ainda não se sabe quais serão os itens de série, fora a direção elétrica com três regulagens (Comfort, Normal e Sport), mas é bem possível que o Tivoli tenha banco do motorista com regulagem elétrica, algo que nenhum de seus concorrentes de segmento oferece (e mesmo muitos de segmento superior). Também pode ter central multimídia, 7 airbags, controles de tração e de estabilidade, monitor de pressão dos pneus e ar-condicionado digital. Haverá uma versão de entrada e uma topo de linha, com preços entre R$ 85 mil e R$ 100 mil.

A Ssangyong menciona apenas airbags dianteiros, obrigatórios por lei, e que o modelo ganhou 4 estrelas no Euro NCAP, mas a história não é bem assim. Ele recebeu 3 estrelas para o modelo comum, ficando com 4 apenas com o pacote completo de segurança, que deve incluir os 7 airbags que mencionamos. Fica a torcida para a empresa trazer essa opção também para o mercado brasileiro.

Ao volante

Começando nos R$ 85 mil, espera-se realmente que o Tivoli venha com um conteúdo matador. O câmbio automático será de série, assim como os freios a disco nas quatro rodas, mas o motor, ainda que com 128 cv, é insuficiente para os 1.300 kg do crossover compacto. Ele sente falta de mais força, algo que deverá ser resolvido apenas com a chegada do motor 1.5 TDGI, turbinado e com injeção direta, de código G15DTF GDI, capaz de entregar 160 cv e 26,5 kgfm. Ele está previsto para começar a ser produzido em maio de 2019. Outro motor, o G20DTR DI, um turbo de injeção direta 2.0, já está no Rexton de nova geração, mas aí já seria pedir demais para o carrinho. Este 2.0 entrega 225 cv e 35,7 kgfm.

Ssangyong Tivoli

Diante disso, resta aos interessados no carro se concentrarem em uma direção tranquila, cercada pelos mimos que o modelo quer oferecer a bom preço. Ou esperar para comprá-lo quando ele já vir equipado com o novo motor. O que talvez não seja má ideia, visto que ele poderá sanar outras questões que o Tivoli apresenta.

Uma delas se refere aos freios. Eles são muito pouco progressivos. Em suma, ou você não freia nada ou freia muito forte, de uma vez. É difícil modular o pedal. A direção elétrica também apresenta muito pouco peso, mesmo em seu ajuste mais extremo, o Sport. A suspensão parece bem acertada e confortável, mas os pneus cantam muito, o que mostra que eles não são os mais adequados para o modelo. São coisas que ajustes mecânicos conseguem resolver.

Ssangyong Tivoli

O que não mudaria de jeito nenhum é o fato de o Tivoli oferecer pouco espaço no banco de trás, apesar do bom entre-eixos. Os plásticos do painel são duros, algo que um veículo de mais de R$ 85 mil talvez tenha dificuldades em explicar. Uma reestilização de meio de ciclo, que já está próxima de acontecer, considerando um ciclo de vida médio de 6 anos, talvez os substitua por outros, feitos de material mais refinado.

Conclusão

O Tivoli chega a um mercado em crescimento, mas já bastante saturado de produtos, no qual a competição é feroz. Com cerca de 50 revendas até o final de 2018, a Ssangyong também terá pouca capilaridade para enfrentar os modelos mais vendidos de igual para igual. Mesmo que tenha pretensão de baixos volumes, a coreana precisa dotar o Tivoli de atrativos. Neste momento, eles se resumem a dois: conteúdo e preço. A Ssangyong precisará acertar em cheio. Em ambos.
 

Avaliação Profissional KBB
3 de 5
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