Quando a Skoda anunciou que mostraria o "novo" Skoda Fabia no Salão de Genebra, cravamos que ele seria o último hatchback do grupo Volkswagen a adotar a plataforma MQB A0. Parecia a mudança óbvia, mesmo considerando que ele ganhou sua terceira geração no final de 2014. O modelo morreria no meio de seu ciclo normal de produção, com pouco mais de 3 anos de produção, mas ajudaria o grupo a reduzir despesas de produção com o grande ganho de escala prometido pela plataforma modular. Nada feito. A Skoda divulgou nesta quinta (8) as fotos do "novo" Fabia. E o carro é o mesmo de 2014, apenas com um tapinha visual. Isso coloca a Europa oficialmente entre os lugares que contam com carros requentados. Como já tivemos tantas vezes aqui no Brasil.
A decisão provavelmente foi tomada de um ponto de vista de negócio. Afinal, tirar de linha o Fabia atual, com apenas 3 anos de produção, poderia pegar mal com os consumidores que optaram pelo carro. Também poderia não pagar o (pouco) investimento que a marca fez para transformar o VW Polo e o Seat Ibiza de geração anterior em seu hatchback compacto. Mas o caso é que os clientes que continuarem a comprar o Fabia em vez de um dos outros dois primos levará para casa um veículo bastante desatualizado, menos espaçoso e provavelmente menos seguro. Com um gostinho de déjà vu. Muitas vezes.
O consolo dos europeus é que eles tem opções mais interessantes, a não ser que o Skoda ganhe um preço ainda mais baixo do que o que costuma ser praticado pelos carros da marca. Que é tida, na Europa, como uma VW acessível. E também o fato de eles terem uma interessante versão perua do modelo. Esse negócio aí em cima, um cinemagraph que permite "desembrulhar" o Skoda Fabia, talvez ajude o consumidor europeu fã da marca a não se sentir tão embrulhado por uma decisão tão conservadora. Dê a MQB A0 para a Skoda, Volkswagen...