No princípio, a Rolls-Royce negou que tivesse aderido à onda SUV. Depois, quando não era mais possível negar, chamou o modelo de projeto Cullinan e disse que esse não necessariamente seria o nome de seu novo modelo. Que ela se recusava a chamar de SUV. Agora, com a proximidade de sua apresentação, a marca britânica, controlada pela BMW, confirma o que já se esperava: seu SUV terá o mesmo nome do maior e mais perfeito diamante já encontrado.
A Rolls-Royce usou o anúncio do nome para encher uma linguiça lascada. Falou que o nome do carro é "brilhante", que ele foi desenvolvido percorrendo os desertos escaldantes da África e do Oriente Médio, as neves congelantes do Círculo Ártico, as colinas esverdeadas das Terras Altas escocesas e os cânions da América do Norte. Nada que qualquer carro atualmente não enfrente em sua fase de projeto. Para dourar ainda mais pílula, faltou apenas a empresa dizer que o carro foi testado por valquírias norueguesas alimentadas com ambrosia. O vídeo abaixo, presente no site oficial da marca, dá a medida da pompa que a Rolls-Royce quer garantir ao modelo.
Bastaria mostrar o nível de luxo que o veículo exibirá mesmo no meio da lama, a qualidade do acabamento no qual a marca sempre se esmerou e o preço, que deve ser para muito poucos. Com o Cullinan, os sheiks árabes poderão curtir as dunas com todo o conforto. Os bilionários chineses o usarão no asfalto, mesmo. Com o motor do Phantom, pelo que consta, e a nova plataforma de alumínio da Rolls-Royce, chamada de "Architecture of Luxury", ou "arquitetura do luxo". Segundo a marca, para chegar "sem esforço a qualquer lugar". Vejamos o quanto isso se confirmará com o modelo de produção, que deve estrear ainda em 2018.
