Depois que a BMW revelou a terceira geração do X3, no Salão de Frankfurt de 2017, era certo que o novo X4 não demoraria. Não só porque ele é uma versão cupê do X3, mas também porque a BMW tem pressa em adotar a plataforma CLAR (Cluster Architecture) em toda a sua linha. Com ela, a empresa da Baviera terá significativos ganhos de escala. Além de usada no X3 e no X4, ela já está no BMW Série 7, no Série 5 e chegará a X5, X6, ao futuro X7 e também ao carro mais vendido da BMW, o Série 3.
O novo BMW X4, em sua segunda geração, tem 4,75 m de comprimento, 1,92 m de largura, 1,62 m de altura, 2,86 m de entre-eixos e um porta-malas de 525 l, expansível para até 1.430 l. Em seu lançamento, no Salão de Genebra, ele terá apenas duas versões a gasolina apresentadas. A de entrada é a xDrive20i, equipada com o conhecido motor 2.0 de 4 cilindros TwinPower de 184 cv entre 5.000 rpm e 6.500 rpm e 29,6 kgfm entre 1.350 rpm e 4.250 rpm. A topo de linha (por ora) será a xDrive30i, com o mesmíssimo 2.0, mas potência de 252 cv de 5.200 rpm a 6.500 rpm, com torque de 35,7 kgfm entre 1.450 rpm e 4.800 rpm. A transmissão é a automática de 8 marchas da ZF, para tração traseira ou integral, como no caso das duas versões do X4. Há a expectativa de um modelo com motor 3.0 de 6 cilindros, com 360 cv, mas a BMW não apresentou seus dados técnicos. Provavelmente porque ele só deverá ser vendido mais adiante.
Contrariando a tendência de tirar os diesel de cena, a BMW terá 3 com esses motores. Duas com um motor 2.0 de 4 cilindros (xDrive20d e xDrive25d), respectivamente com 190 cv e 231 cv, e uma com motor 3.0 de 6 cilindros (M40d), antes tradicionais na marca. Este entrega 326 cv. Os diesel também usam a transmissão automática de 8 marchas.
Como é fabricado no Brasil, o X4 de nova geração também deverá chegar a Araquari, em Santa Catarina. Isso se o Rota 2030 realmente for aprovado até o final deste mês. E se não houver mais surpresas no caminho dos fabricantes que resolveram apostar no mercado brasileiro. Infelizmente, sempre há.