Provavelmente preocupada com os danos à reputação do Kwid causados por demoras na entrega e uma sequência impressionante de recalls pouco depois de seu lançamento, a Renault divulgou recentemente que expandiu sua produção. Segundo a empresa, a fabricação do modelo em São José dos Pinhais ganhou um terceiro turno em outubro e, neste começo de ano, deverá ser suficiente para entregar 10 mil unidades do Kwid até o final de fevereiro. Se conseguir cumprir essa promessa, a Renault colocará o Kwid entre os 4 modelos mais vendidos do mercado. Isso porque serão entregues, pelos nossos cálculos, pelo menos 7.200 unidades.
A explicação para isso é simples. Segundo a Fenabrave, em janeiro a Renault conseguiu entregar 2.729 unidades do modelo. Subtraindo esse total das 10 mil unidades que a Renault pretende entregar nos dois primeiros meses do ano, teríamos 7.271 Kwid entregues em fevereiro, ou pouco menos do que o Hyundai HB20, terceiro colocado em janeiro, vendeu naquele mês: 7.436. E acima do que o VW Polo conseguiu emplacar: 6.632.
Vendido também na Argentina e no Uruguai, o Kwid deve ter parte dessas 10 mil unidades destinadas aos países vizinhos. Se não tivesse, a Renault poderia colocar o subcompacto entre os 4 modelos mais vendidos do Brasil. Aguardemos pelos números da Fenabrave em fevereiro. Diz a fabricante que, com o incremento de produção, quem encomendar seu Kwid agora o receberá em menos de 30 dias. A questão é saber se, agora que o modelo está nas ruas e já é conhecido e teve tantos problemas, a demanda continuará alta como no período de pré-venda.
