No exterior, a reestilização do Renegade não trouxe apenas uma nova aparência, mas também as versões turbinadas dos motores 1.0 e 1.3 FireFly, os GSE. No Brasil, ficamos apenas com o tapa na aparência do modelo, necessária para mantê-lo competitivo, mas isso não basta. Sem motores novos para mostrar, a FCA apelou para o melhor argumento de vendas possível: o preço. Ele sofreu uma cirurgia profunda em todas as versões. Seja com mais valor agregado, com a adição de novos itens de série, seja pela redução pura e simples.
A versão mais barata do SUV compacto, que não tem nome e é exclusiva para PcD, custa R$ 69.999, exato R$ 1 a menos do que o limite legal, e agora vem com rodas de liga leve de 16 polegadas. Para o consumidor comum, a versão de entrada é a Sport, que agora é vendida a R$ 78.490, contra 78.990. Um desconto de apenas R$ 500, mas que a FCA diz ser de R$ 7.000 por conta da adição da central multimídia Uconnect, com tela sensível ao toque de 5 polegadas, câmera de ré e novas rodas de liga leve de aro 17 no caso da AT6, automática, que tem agora um preço de R$ 83.990 e antes custava R$ 85.490. São R$ 1.500 a menos, mas os itens adicionais fariam o desconto equivaler a R$ 8.000, segundo a fabricante.
Depois da versão Sport vem a Longitude, oferecida apenas com câmbio automático. Ela traz a mais a central multimídia Uconnect com tela de 8,4 polegadas, compatível com Android Auto e Apple Car Play, ar-condicionado digital com controle por essa tela, que seria a maior do segmento, e novas rodas de liga leve de aro 18. A movida a gasolina, com câmbio de 6 marchas, custa R$ 96.990, um aumento de R$ 5.500 em relação ao preço anterior, de R$ 91.490, que a FCA diz não existir. Provavelmente contando com os novos itens de série para fazer a conta e também com o sucesso comercial dessa versão específica, que não exigiu preço mais atraente. A com motor turbodiesel, que tem tração nas 4 rodas e câmbio automático de 9 marchas, sai por R$ 125.490, ou R$ 5.370 a mais do que os R$ 120.120 que eram cobrados antes da reestilização. Neste caso, a FCA não se pronuncia sobre preço.
A empresa faz o mesmo com as versões Limited, apenas flex, e a Trailhawk, só turbodiesel. No caso da primeira, que agora traz de série a mesma central multimídia de 8,4 polegadas, luzes diurnas, faróis de neblina e principais de LED, 7 airbags e novas rodas de aro 19, o preço é de R$ 103.490, ou R$ 7.000 a mais do que o valor antigo, de R$ 96.490. O Trailhawk incorporou o mesmo conjunto óptico, a mesma central e rodas de liga leve de aro 17 de novo desenho. Passou a custar R$ 136.390, ou adicionais R$ 6.400 em relação ao preço antigo, de R$ 129.990.
Além do novo desenho, sutilmente diferente do anterior, especialmente nas versões sem faróis de LED, a FCA destaca que o novo para-choque das versões flex permitiu que o carro tivesse um ângulo de ataque maior, de até 28º. O que seria uma boa vantagem se o modelo não fosse tão pesado e tivesse tração nas quatro rodas com o motor flex. A vantagem prática do carro é mesmo o porta-malas maior, de 320 litros em todas as versões, algo obtido com o uso de um estepe temporário, que ampliou a capacidade do bagageiro em 47 litros. Continua pequeno, mas está um pouco maior.
Em breve traremos a avaliação do modelo reestilizado. A dirigibilidade não deverá ser muito diferente da do anterior, considerando que não houve mudanças mecânicas, mas é sempre bom conferir.