O CEO da FCA, Sergio Marchionne, recebeu título de doutor honoris causa em mecatrônica na terça (3) pela Universidade de Trento. E aproveitou a ocasião para dizer que a Magneti Marelli terá o mesmo destino da Ferrari: a separação do grupo FCA. A medida, além de tornar a Magneti Marelli independente do destino da FCA, ajuda a empresa a fazer caixa. Foi o que aconteceu com o "spin-off" da Ferrari, realizado em outubro de 2015, que gerou US$ 4 bilhões para a FCA. "Faremos a separação da Magneti Marelli no ano que vem", disse Marchionne ao site OmniAuto.it. "A Marelli tem um papel importantíssimo a desempenhar. Devemos discutir com o conselho. Tivemos o primeiro debate sobre isso na semana passada."
Além de ser um importante fornecedor de peças para veículos da FCA, a Magneti Marelli também fornece para diversos outros fabricantes. O que pode ser mais um argumento favorável à separação do grupo. Mais neutra, a Magneti poderá conquistar ainda mais contratos no mercado.
O mercado cogita que a estratégia deve ser usada para outras empresas do grupo, como Maserati, Alfa Romeo e principalmente a Jeep, a atual joia da coroa da FCA. Sobre isso, Marchionne não se pronunciou. Outro forte rumor, o da venda do grupo FCA à Hyundai, teve pelo menos duas palavras do chefe da empresa: "Nenhum contato". Como dizem os amigos do OmniAuto.it, é difícil saber o que tem fundamento e o que é mera especulação em relação aos rumos atuais da FCA.