O hoje não é chamado de presente à toa, mas quem tem um passado de que se orgulhar pode usá-lo em prol de mais conforto hoje. Uma das empresas que fazem isso melhor na atualidade é a Jaguar. Afinal, ela fabricará as 25 unidades que faltam das 100 propostas para o D-Type ter. E foi mais longe: depois de promover o E-Type Zero no casamento do príncipe Harry, em maio, a fabricante britânica resolveu começar a vender o modelo aos interessados. Não só por meio da série Reborn, com 10 unidades do Jaguar E-Type primorosamente restauradas, mas também com E-Type atuais que os proprietários queiram transformar em elétricos. De forma totalmente reversível. Em outras palavras, o dono destes E-Type poderá colocar seu motor XK de 6 cilindros em linha de 4,2 litros (havia também um de 3,8 litros, anterior a outubro de 1964) de 269 cv de volta sob o capô quando preferir.
Assim como o conceito dirigido pelo príncipe Harry, os novos E-Type Zero terá um pacote de baterias de 40 kWh que lhe confere autonomia superior a 270 km. O motor, instalado onde vai a transmissão do modelo original, é ligado às rodas traseiras por meio de um eixo-cardã renovado. Com isso, o E-Type Zero é 46 kg mais leve do que o E-Type original (que pesava 1.256 kg).
Com as restrições à circulação de modelos clássicos no centro de grandes cidades, e até mesmo com a impossibilidade de emplacar clássicos novos em folha, como o Porsche 911 Project Gold, não será difícil ver um aumento de demanda por elétricos com estilo, como o Jaguar E-Type Zero. Estamos provavelmente diante de uma tendência. Uma que preserva a história, mas não deixa de oferecer o que há de melhor. Hoje.