Enquanto os congressistas brasileiros pensam em obrigar as fabricantes a adotar estepes do mesmo tamanho que os pneus originais, eliminando os pneus temporários, menores e mais finos, a Universidade Harvard está procurando uma solução para acabar com a própria necessidade de trocar pneus.
A universidade mais famosa dos Estados Unidos está desenvolvendo um tipo de borracha capaz de ser invulnerável a rupturas em sua estrutura, aproveitando-se de uma habilidade autosselante. É uma espécie de “poder de cura”, que faz a borracha se reconstituir, fechando o buraco que causou a saída do ar e, consequentemente, a perda de pressão do pneu.
Os pesquisadores de Harvard conseguiram aplicar à borracha uma propriedade encontrada em materiais como hidrogéis, o que é particularmente impressionante. Há extrema dificuldade em reproduzir este comportamento em objetos sólidos, como um pneu. Com isso, as ligas presentes nos polímeros da borracha podem se quebrar e se reconectar, retornando à forma molecular original.
Como esta tecnologia ainda está em fase embrionária, é melhor você continuar desviando de buracos e pedras nas ruas. De concreto, o que temos é uma promessa de revolução para a indústria. O que ela oferece hoje de mais próximo disso é a tecnologia run-flat, mas ela é apenas um reforço estrutural, com vida útil e resistência limitados.