A Smart nasceu em 1994 de uma parceria entre a Swatch e a Daimler, mas apresentou seu primeiro carro, o fortwo, apenas em 1998. O nome Smart é uma abreviatura de Swatch Mercedes ART, mas a empresa, desde o princípio, precisava de um acordo de vontades. Primeiro, da Daimler com a SMH, fabricante dos relógios Swatch. Depois, da Daimler com a Renault, que faz com que o Twingo atualmente vendido na Europa e o fortwo e o forfour usem a mesma plataforma e motores. Mas a Renault cansou de brincar de Smart e pediu para sair até 2026. Se não encontrar nenhum parceiro para continuar a tocar a marca de carrinhos urbanos, a Daimler encerrará as atividades da divisão.
Antes disso, a Smart será completamente dedicada a modelos elétricos, algo que já acontece nos EUA e que deverá ser consolidado na Europa até 2022. O plano, segundo a Automobile Magazine, é usar a futura plataforma modular da Mercedes-Benz, chamada de MX1, para fabricar um modelo abaixo do Classe A e continuar a atender o público consumidor da Smart atualmente. Ele seria chamado de Classe U (de urbano) e teria três variações: City, com hatchbacks de 3 e de 5 portas, Shuttle, para serviços de compartilhamento, e Cargo, para transporte de mercadorias. Isso se uma parceria não for fechada com outra marca. Consta que a Geely, que comprou 9,69% da Daimler recentemente, estaria interessada no negócio, o que não exclui a possibilidade de que o Classe U venha a ser lançado (ainda mais se os planos estiverem tão bem estruturados como a Automobile Magazine diz). Ou isso ou adeus à Smart, que já não é mais vendida oficialmente no Brasil.