Persistência, seu nome é Geely. Depois de tentar comprar ações da Daimler com algum desconto, a fabricante chinesa, dona da Volvo, foi ao mercado de ações e comprou não 6,8% das ações, como se previa inicialmente, mas 9,69%. Um negócio de € 7,5 bilhões, ou US$ 9,2 bilhões. Se quiser levar para um território mais conhecido, o da nossa moeda, foi coisa de R$ 30 bilhões, ou o que as petroleiras internacionais investiram no Brasil em 2017 inteiro.
Além de ser uma solução interessante para a Daimler como um investidor de longo prazo, a Geely espera ter na empresa alemã uma parceira tecnológica de expressão. A chinesa está de olho nas soluções limpas que a Daimler poderá oferecer, especialmente com sua nova linha de elétricos, a EQ, cujo primeiro produto deverá ser apresentado no Salão de Genebra. Segundo uma reportagem da Reuters, Li Shufu, dono da Geely, acha que apenas 2 ou 3 fabricantes de carros sobreviverão à revolução atual. E, como dizia Darwin, sobrevive o mais bem adaptado ao ambiente. Shufu acredita que a Daimler tem as ferramentas para essa sobrevivência.