Quem já teve a chance de folhear a Car And Driver original certamente se lembra das propaganda da WeatherTech, uma empresa que faz carpetes para carros genuinamente americanos, como ela se orgulha de dizer. Mas a empresa chega agora às manchetes por motivos diversos do que produz. Seu fundador e presidente, David MacNeil, um ávido colecionador de Ferrari, se tornou o comprador do carro mais caro do mundo. Trata-se de um Ferrari 250 GTO com um tremendo histórico nas competições, o chassi 4153 GT. Por ele, MacNeil pagou a bagatela de 79 milhões de francos suíços, o equivalente a US$ 80 milhões.
Como acontece com veículos raros como este, trata-se mais de investimento do que de uma compra efetiva. Isso porque Marcel Massini, o especialista em Ferrari que confirmou o negócio, estima que, em um prazo de 5 anos, surgirá um novo Ferrari 250 GTO para bater o recorde atual. E que ele atingirá facilmente a cifra de US$ 100 milhões. O que mostra que a ideia de Sergio Marchionne de fabricar os 250 GTO restantes será uma ideia brilhante, se for levada a cabo.
O novo carro mais caro do mundo foi reformado recentemente pela DK Engineering. O que o torna especialmente raro, além do fato de ter chegado em 4º nas 24 Horas de Le Mans de 1963, pilotado por Pierre Dumay e Léon Dernier, é o fato de nunca ter sido batido. Isso faz dele um dos raros 250 GTO a estar praticamente igual a quando saiu de fábrica.
Fabricado de 1962 a 1964, o 250 GTO tem 4,33 m de comprimento, 1,60 m de largura, 1,21 m de altura e entre-eixos de 2,40 m. Seu motor V12 de 3 litros gera 300 cv. E sua raridade faz o carro jorrar dinheiro para quem tem a sorte (e a grana necessária) para ter um exemplar na garagem.