É bem verdade que a Volkswagen produziu o XL1, o carro mais econômico do mundo. E que ele tinha cx, o coeficiente aerodinâmico, de 0,19, marca repetida pelo Mercedes-Benz Bionic Car Concept. O ponto é que apenas 250 unidades do XL1 foram fabricadas. Todas elas disputada hoje a tapa por colecionadores. O leitor da KBB já conhece bem as três frentes de ação dos fabricantes para ter um automóvel econômico: motorização, massa e aerodinâmica. E a Mercedes-Benz mostra que continua na vanguarda no último quesito. Depois de produzir o CLA 180 CDI BlueEfficiency, que tem cx de 0,22, ela repetirá a dose com o Classe A Sedan. Ele tem o mesmo cx, mas uma área frontal menor que a do CLA (2,19 m², contra 2,20 m²), o que o tornará o modelo menos resistente ao ar em todo o mundo.
Com produção confirmada para as fábricas de Aguascalientes, no México, e de Rastatt, na Alemanha, o novo Mercedes-Benz Classe A Sedan certamente será vendido no Brasil. Por seu perfil, ele poderia inclusive ser fabricado em Iracemápolis, no interior de São Paulo, algo em que o Rota 2030 talvez ajude. Adaptado ao Brasil, é possível que ele tenha uma área frontal maior, por conta de uma maior distância em relação ao solo, mas ainda seria um primor de aerodinâmica. Sem prejudicar o espaço interno: a versão de produção terá entre-eixos de 2,73 m. Um carro que promete cair no gosto do brasileiro. Especialmente do que gosta de gastar pouco no posto de combustível.