Você certamente já se perguntou como é possível ter tanta gente ruim de volante solta no trânsito. É inevitável questionar como alguns conseguiram tirar carteira. Ou comprar as suas, algo que uma busca simples no Google mostra ser corriqueiro e desavergonhado, com gente que anuncia o "negócio" sem o menor pudor (CNH "quente"...). Ainda que, hoje em dia, ter ou não uma CNH não seja impedimento para muita gente achar que pode dirigir. O caso é que muitos não deveriam chegar nem perto do banco do motorista, com CNH ou não. E há sinais muito evidentes disso que qualquer motorista mais experiente encontra diariamente pelas ruas. Elencamos aqui os 10 mais gritantes. Tanto para que você identifique os "braços duros" quanto para que, se agir desse jeito, consiga se corrigir e dirigir um pouco melhor. Ou desistir do ofício de vez. A coletividade agradece.
1 - Segurar o volante incorretamente
Se você vir alguém com as duas mãos juntas no alto do volante de um carro, fique o mais longe possível desse indivíduo. Tudo porque, em uma situação de emergência, esse cara certamente perderá o controle do veículo. Ele não terá a amplitude necessária de movimento para uma manobra rápida. Também fique longe de quem dirige com a cara colada na direção ou com um braço só segurando o volante (o outro normalmente está apoiado na porta). É gente que não sabe achar a melhor posição de dirigir e também pode causar acidentes. O correto é ter as mãos sempre nos extremos laterais da direção, na chamada "posição 15 para as 3", que dá o máximo de movimento e agilidade possíveis para esterçar. E ficar a uma distância adequada do volante (com o braço esticado, o punho deve tocar a parte de cima do aro) e dos pedais (a perna deve ficar levemente arqueada quando se pisa no freio).
2 - Não usar a seta
Em um ambiente coletivo como ruas e estradas, comunicação é fundamental. E quem não se comunica se estrumbica, como dizia Chacrinha. Especialmente no trânsito. Não só para que os demais motoristas possam se antecipar e andar mais rápido, mas também para evitar que alguém bata em seu carro. Quem não faz isso pode até passar imagem de autoconfiante, mas é apenas ruim de roda. Bem ruim.
3 - Parar no meio da rua e bloquear o tráfego
Não interessa se é só por um minutinho, para conversar com a vizinha que você viu na rua, pedir informação ou o que seja. Se quiser parar o carro, ache uma vaga, mesmo que não tenha ninguém vindo atrás de você. Parar no meio do caminho e travá-lo é prova cabal de que quem está ao volante não entende nada de trânsito, de fluidez e, mais do que tudo, de respeito aos demais motoristas. E quem não respeita os outros não pode ser considerado bom de volante.
4 - Frear quando não é necessário
Ainda que seja mais comum em descidas de serra, este tipo aparece nas mais diversas oportunidades. Até em subidas, de serra ou não. Do nada, o cara pisa no freio. Não tem ninguém atravessando a rua, ninguém na frente do carro, nada que exija alguma intervenção na velocidade. A impressão que se tem vindo de trás é que o motorista está indeciso ou simplesmente é viciado no pedal do freio. Não tem explicação, especialmente quando basta tirar o pé do acelerador, ou reduzir as marchas, para andar mais devagar ou em um ritmo mais controlado. Frear aumenta o consumo de combustível e também atrapalha o trânsito de fluir como deveria.
5 - Não manter o ritmo em subidas
Você reduziu e entrou naquela subida na marcha certa, aproveitando o embalo para não ter de pisar tanto no acelerador, mas o motorista à sua frente vai diminuindo, diminuindo, diminuindo... Até quase parar. É visível quando ele finalmente reduz, dando um tranco no carro, e se toca de que vai precisar acelerar para chegar lá em cima. Enquanto isso, a fila que já se formou atrás de você só faz aumentar, em proporção inversa a sua paciência. Isso não se faz, ainda mais dirigindo. E quem faz isso mostra que não sabe o que está fazendo.
6 - Ser cuidadoso demais
Cautela não faz mal a ninguém? Desde que não seja excessiva. No trânsito, ela causa um bocado de atrasos, aborrecimentos e até acidentes. É o caso de quem para completamente antes de entrar em alguma via, especialmente quando você chega a algum cruzamento, ou se sai de um viaduto ou de uma via secundária para entrar em uma mais movimentada. O excesso de zelo represa o trânsito e mostra insegurança por parte do motorista em questão. Para evitar isso, é importante ficar atento ao movimento de onde se vai entrar e, principalmente, conhecer o que seu carro consegue fazer. Isso ajuda a saber se dá para entrar na via rapidamente, sem ter de parar por completo. Motorista bom é o que não trava o trânsito.
7 - Ser cuidadoso de menos
O extremo oposto também é um péssimo sinal: o povo que entra em qualquer rua, estrada ou mesmo faixa sem olhar. Por confiança demais, desatenção ou qualquer outro fator, gente assim é certeza de acidente. Se nunca sofreu nenhum, é questão de tempo, especialmente no trânsito das grandes cidades, com motociclistas andando nos corredores. Longe de mostrar estilo agressivo ou habilidade, esse é um atestado de incompetência ao volante.
8 - Jogar lixo pela janela
Antes limitados às estradas, esses mal-educados andam invadindo até as ruas. Eles consomem frutas, sucos e salgadinhos e jogam cascas e embalagens pela janela, sem se importar se elas vão bater em outros carros, pedestres ou motociclistas. Ou até em seus próprios carros. Bons motoristas não fazem isso e não deixam que os passageiros o façam. Isso não é sinal apenas de que o indivíduo em questão não está apto a dirigir, mas também de que ele tem sérios problemas para viver em sociedade.
9 - Não saber estacionar corretamente
Parte do processo de criar intimidade com o carro está em manobrá-lo e conhecer onde ele começa e onde termina. Quem tem dificuldades em estacionar, ou apenas para de qualquer jeito, por não ter a menor consideração pelos demais, mostra, no mínimo, que precisa se aperfeiçoar. No máximo, que deveria ceder o volante a alguém com mais habilidade.
10 - Não conseguir ficar na faixa
Parece que o motorista está bêbado ou indeciso, mas pode ser também falta de habilidade. O problema é que esse tipo de comportamento deixa os demais inseguros. Os que não ficam podem se arriscar a passar ao lado do carro vacilante e levar uma bela carimbada na lateral. Nos casos de falta de habilidade, só a prática ajuda. Nos de dúvidas, embriaguez ou qualquer coisa que afete a capacidade de julgamento do motorista, só discernimento. Inclusive para perceber que dirigir nem sempre é a melhor opção.