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Primeira volta KBB™ - Caoa Chery Tiggo2 ACT Automático

Versão com câmbio automático é mais equipada que a equivalente manual, por R$ 69.990

A Caoa Chery lançou oficialmente as novas versões automáticas do Tiggo2. Elas já estavam sendo vendidas nas 25 concessionárias da marca desde o final de junho, mas a imprensa ainda não havia tido oportunidade de conhecê-las de perto. Disponíveis das configurações Look e ACT, os preços parte de R$ 66.990 e R$ 69.990, respectivamente, e, além do câmbio automático de quatro marchas, elas ganham equipamentos adicionais em relação às opções com câmbio manual. O motor continua o mesmo 1.5 de 115 cv, a etanol. 

Introdução

Segundo a marca, as versões automáticas vão corresponder por cerca de 70% do mix de vendas do Tiggo2, que deve encerrar 2018 perto das 6.000 unidades emplacadas. Como é de praxe em modelos chineses, a aposta da Caoa Chery é atrair os consumidores de outros segmentos menores com um custo-benefício melhor que o da concorrência. Para isso, a companhia recheou ainda mais as versões automáticas, que trazem todos os itens oferecidos nas opções manuais mais algumas novidades, como destacamos aqui embaixo: 

Caoa Chery Tiggo2 ACT AT

  • Look AT(R$ 66.990): ar-condicionado automático, direção hidráulica, sensor de estacionamento traseiro, câmera de ré, trio elétrico, banco do motorista com regulagem de altura, bancos bipartidos, central multimídia com tela de 8 com espelhamento de smartphones, entrada USB, rodas de liga leve de aro 16, DRL de LED, controlador de velocidade, modos Eco e Sport, volante revestido de couro, freios a disco nas 4 rodas, cintos de três pontos para todos os passageiros, Isofix, alerta de cinto de segurança para o motorista e sistema de monitoramento de pressão dos pneus.
  • ACT AT (R$ 69.990): todos os itens citados acima mais controle eletrônico de estabilidade (ESC), assistente de partida em rampa, bancos de material que imita couro e teto solar.

Questionados sobre a ausência do controle de estabilidade e assistente de rampa na versão Look, a justificativa da marca foi a contenção de custos para poder oferecer um preço mais competitivo, mas a marca reconhece que o Tiggo2 deve passar por atualizações futuramente que permitam, também, incluir mais airbags (só há os dois frontais obrigatórios em todas as versões), algo presente até mesmo em veículos mais baratos do mercado. 

Para reforçar o apelo mercadológico do Tiggo2 automático, a Caoa Chery apresentou durante a conversa com os jornalistas alguns exemplos, comparando-o com modelos como o Renault Duster na versão 1.6 Expression CVT. A diferença de R$ 13 mil entre ele o Tiggo2 Look AT (nesta versão, o Duster custa R$ 79.990) não seria justificada pela diferença de equipamentos entre ambos, considerando que o Duster já conta com ESC e assistente de partida em rampa nesta opção. Outro exemplo são os R$ 12 mil que a Nissan pede a mais pelo Kicks 1.6 S CVT (R$ 81.990) em relação ao Tiggo2 ACT AT. Aos olhos da fabricante chinesa, eles também não seriam compensados pelo ajuste de profundidade do volante e direção elétrica que o japonês traz de diferente (sem falar que, nesta opção, o Tiggo2 possui controlador de velocidade, DRL e câmera de ré, indisponíveis na versão S do Kicks). 

Caoa Chery Tiggo2 ACT AT

A estratégia mercadológica da Caoa para alavancar as vendas da Chery não se resume somente ao conteúdo do carro, mas também passa pelo aprimoramento do pós-venda da marca. Por isso, até o final deste ano, a companhia deve contar com 35 lojas abertas pelo Brasil no total (ou seja, já contando com as 25 existentes hoje). Além disso, a empresa oferece um programa de recompra garantida para os clientes, com o intuito de proporcionar mais segurança na valorização do produto quando o consumidor decidir trocar de carro. O que, no futuro, pode significar uma opção pelo Tiggo4, Tiggo7 ou Arizzo5, dois SUVs e um sedã previstos para serem lançados ainda este ano, com produção nas duas fábricas do grupo em Jacareí (RJ) e Anápolis (GO). Os três modelos serão mostrados no Salão do Automóvel de São Paulo, em novembro. 

Ao volante

Após a apresentação do novo Tiggo2 automático, a KBB teve a oportunidade de dirigir o modelo pela capital paulista. O trajeto foi bastante curto, com menos de 10 km de extensão e duração aproximada de meia hora o que, na região da Marginal Pinheiros e em um carro manual, significa raramente engatar terceira marcha em meio ao trânsito e aos semáforos das ruas e avenidas adjacentes. Portanto, a primeira impressão com o Tiggo2 AT ficou limitada, mas é possível apontar algumas características do carro.

A primeira é a melhora no acabamento interno em comparação com as primeiras gerações de chineses no Brasil. Fizemos elogio parecido ao falar do JAC T40 e o mesmo se aplica ao Tiggo2. A montagem dos materiais é adequada e bem feita, sem rebarbas aparentes. Os materiais são todos rígidos, mas nada que fuja do padrão do segmento nesta faixa de preços. A impressão é positiva, assim como as opções de porta-objetos (são 21, no total), que facilitam a vida de quem precisa espalhar suas coisas pela cabine. Sente-se falta, apenas, de um baú central, que poderia servir de apoio de braço entre os bancos da frente. 

Caoa Chery Tiggo2 ACT AT

Com 2,55 m de distância entre-eixos, o Tiggo2 se aproxima mais de rivais como Honda WR-V, JAC T40 e Lifan X60 do que daqueles que ela usou no comparativo de mercado (Duster e Kicks). Ao sentar no banco traseiro, o passageiro vai encontrar mais folga para a cabeça, por conta do teto mais alto, do que para as pernas, embora não haja aperto para quem tem estatura mediana. Difícil é acomodar um terceiro ocupante, devido ao assoalho elevado atrás. Também não há saída de ar-condicionado ou entrada USB para quem vai atrás. Ao menos o encosto é bipartido, o que facilita o acesso ao porta-malas de bons 420 l. De todo modo, o "degrau" para acessar o assoalho do bagageiro prejudica retirar bagagens mais pesadas dali.

Muita gente vai torcer o nariz ao saber que o câmbio automático escolhido pela Chery para equipar o Tiggo2 tem apenas 4 marchas. De fato, não se trata de uma caixa muito moderna para os parâmetros atuais do mercado, mas a caixa da Aisin (também utilizada pela Toyota, no Etios) faz sentido para o SUV. Com os 115 cv (110 cv a gasolina) e 14,9 kgfm de torque (13,8 kgfm a gasolina) entregues pelo motor 1.5, e pesando 1.260 kg, o câmbio de 4 marchas consegue lidar bem com o Tiggo2, ao menos em trajetos urbanos. 

O que mais surpreendeu durante nosso teste foi a suavidade nas trocas de marcha. Não há solavancos acentuados e, no modo Eco (que é o padrão), o comportamento do carro é bastante linear, com respostas mais suaves do que ágeis, mas a falta de fôlego não chega a incomodar na cidade. O modo Sport já evidencia mais a defasagem de uma caixa com apenas 4 marchas. Como não há muitas alternativas para aproveitar a curva de torque do carro, com mais de 30% de carga no acelerador, o câmbio já reduz uma marcha tentando extrair máximo desempenho, mas o baque de jogar o giro do motor para mais de 4 mil rotações nem sempre é a intenção do motorista (que pode querer um partida mais ágil, mas sem um comportamento de "kickdown" após um semáforo). Aproveitando o ensejo, é bom deixar claro que esportividade passa longe de qualquer pretensão do Tiggo2. 

Caoa Chery Tiggo2 ACT AT

Outro ponto positivo do SUV da Chery é o conjunto de suspensão. Diferentemente da preferência chinesa por carros mais "moles", as molas e amortecedores do Tiggo2 são mais firmes e absorvem melhor as imperfeições da via. Há incidência de batidas secas no assoalho, mas entre conforto demasiado e um comportamento mais para esportivo, especialmente para as versões sem ESC, a segunda opção é mais segura, sobretudo em situações de rodovias. 

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