Quando a plataforma MQB surgiu no mercado, sua ideia foi considerada tão revolucionária que todas as demais fabricantes do mundo passaram a adotá-la. Atribuída a Ulrich Hackenberg, ela pode ter sido concebida por muito mais gente. Ou mesmo sugerida por alguém de baixa patente enquanto Hackenberg colheu os louros. Tanto faz: ela é genial de qualquer maneira: pode ser usada de modelos como o VW Atlas, um SUV de grande porte, até modelos como o VW Gol, com a derivação AA0. Pois a mesma revolução que a MQB representou para os carros com motor a combustão deve ser reproduzida pela plataforma inteiramente elétrica da marca, a MEB. É tanta a confiança que a VW diz que mais de 10 milhões de carros serão fabricados apenas na primeira onda da arquitetura, com 27 modelos até 2022. Esse volume é muito próximo de tudo que o grupo Volkswagen vende em um ano em todo o mundo. Em suma, elétrico pra dedéu. Tanto que a marca já deu início a uma campanha, a "Electric for All", ou elétricos para todos. "A MEB é a espinha dorsal econômica e tecnológica de um carro elétrico para todos", diz Thomas Ulbrich, membro do conselho de administração do grupo Volkswagen para e-mobilidade, ou mobilidade elétrica.
O primeiro modelo a apresentar a plataforma elétrica será o I.D., que tem previsão de começar a ser fabricado em novembro do ano que vem. Dê a ele uns dois meses de produção para chegar ao lançamento oficial, provavelmente já em 2020. O nome, segundo a Auto Bild, será Neo, mas bem poderia ser Volkselektrische, ou elétrico do povo. Depois virão a sucessora politicamente correta da Kombi, a I.D. Buzz, um crossover e um sedã de luxo. Isso só na Volkswagen, mas Seat, Audi e Skoda provavelmente também terão modelos baseados na MEB.
Outra novidade anunciada sobre os elétricos é o I.D. Wallbox, o carregador rápido da Volkswagen. Ele promete devolver 80% da carga das baterias em apenas 30 minutos de recarga.