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Tesla Semi, totalmente elétrico, promete ser o McLaren F1 dos caminhões

Modelo totalmente elétrico, que vai de 0 a 96 km/h em 5 s, deve começar a ser vendido em 2019

Se depender de Elon Musk, os dias do motor a diesel, inclusive para veículos pesados, estão mais do que contados. Isso, evidentemente, se ele conseguir colocar seu novo caminhão, o Tesla Semi, à venda em 2019, como ele disse planejar na apresentação do veículo, que ocorreu nesta quinta (16) em Hawthorne, na Califórnia. Enquadrado na Classe 8, a dos caminhões com maior capacidade de carga do mercado americano, o Tesla Semi promete números muito impressionantes. Ele seria quase um McLaren F1 dos caminhões, com características que o fariam não só o menor custo por km rodado, mas também o modelo mais seguro à disposição.

Impulsionado por 4 motores elétricos, um para cada uma de suas rodas traseiras, o Tesla Semi seria capaz de ir de 0 a 96 km/h em 5 s. Sem carga. Elon Musk chama esse modo de velocidade de BAMF Performance, sigla de Bad Ass Mother F***er. Algo como "filho da mãe duro na queda", para ficar em termos muito mais educados do que os originais.

BAMF Mode do Tesla Semi

Com um trailer de 36 toneladas, ele conseguiria acelerar até os 96 km/h em 20 s. E poderia puxar o mesmo peso em uma subida de 5% (mais ou menos 3º) a 65 mph, ou 105 km/h. Mas o mais impressionante é o que seu pacote de baterias industriais, de capacidade não revelada, é capaz de fazer. Com carga máxima e velocidade de estrada, ou seja, algo até acima dos 90 km/h máximos permitidos para veículos de carga no Brasil, ele poderia rodar 500 milhas, ou 805 km, com as baterias plenamente recarregadas. Megacarregadores poderiam dar ao Tesla Semi mais 644 km de autonomia em 30 minutos. O tempo de o motorista dar um pulinho no banheiro e tomar um café para continuar dirigindo.

Tesla Semi

A semelhança com o McLaren F1 não estaria apenas no fato de ele ter centro de massa baixo, pouco sujeito a capotamentos, mas também à posição de direção que oferece. Ela é central, como no mítico esportivo, e tornaria o caminhão tão fácil de dirigir que até Musk, que não sabe dirigir caminhões, conseguiu levá-lo à apresentação. O Tesla Semi não tem marchas e, como usa frenagem regenerativa, quase não teria consumo dos freios. Musk também disse que garantirá os motores por 1 milhão de milhas. Ou 1,6 milhão de quilômetros.

Tesla Semi

Os baixos custos de manutenção se devem não apenas ao trem de força elétrico, mas também à aerodinâmica invejável do caminhão. Ele teria um cx de meros 0,36. Para contextualizar, o Bugatti Chiron tem 0,38. E o VW Virtus, recém-apresentado, se gaba de um coeficiente de 0,315. Não só pelo desenho, mas também por ter o assoalho plano e outros elementos de aerodinâmica, como as rodas traseiras carenadas.

Tesla Semi

Segundo Musk, o custo por milha do Tesla Semi seria de US$ 1,26. Incluindo leasing, seguro, recarga e tudo o mais. Convertendo isso para nossas condições, daria R$ 2,55 por km. Consultamos nossos amigos do ramo para saber de quanto é esse custo por km para caminhões extrapesados no Brasil e atualizaremos essa reportagem assim que eles nos responderem.

Como consegue controlar cada uma de suas 4 rodas motrizes, o Tesla Semi não está sujeito ao jackknifing, chamado de "efeito L" ou "efeito canivete" aqui no Brasil. É a situação em que a carreta puxa o cavalo, fechando-se com ele como um canivete quando é guardado. Além disso, ele traz o para-brisa Armor Glass, que aguentaria, segundo Musk, até uma explosão nuclear. Esse para-brisa economizaria um bocado de tempo porque não estaria sujeito a se estilhaçar na estrada, algo que deixa o caminhão parado por muito tempo.

Tesla Semi

Entre prometer e entregar, há uma distância enorme, mas a iniciativa da Tesla é apenas mais uma entre tantas no setor de transportes. Antes do Semi, a Nikola Motor mostrou o Nikola One, outro caminhão extrapesado totalmente elétrico, mas que conta com pilhas de combustível para um tempo mais curto de reabastecimento. E com a promessa de fornecimento de hidrogênio de graça por 1 milhão de milhas. A reserva para o Nikola One também é mais baixa que a pedida pela Tesla: US$ 1.500, contra US$ 5.000 que a Tesla pede para quem quiser o Semi. Isso mostra que, além de enfrentar um drama entre os carros de passeio, o motor a combustão também pode estar em final de vida também entre os veículos de transporte.

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