O Ford Corcel foi produzido pela Ford de 1968 a 1986. Apresentado no Salão Automóvel de 1968, se tornou popular pelo seu design sofisticado, qualidade de construção e inovações técnicas. Ganhou o prêmio "Carro do Ano" três vezes (1969, 1973 e 1979) e foi sucesso também nos Estados Unidos, com o número de vendas em 1,4 milhão de unidades.
Suas origens vêm do “Projeto M”, desenvolvido pela Willys Overland do Brasil em parceria com a Renault e posteriormente adquirido pela Ford.
O Corcel passou por muitas mudanças ao longo dos anos, incluindo a introdução do moldei cupê de duas portas em 1969, a perua Belina em 1970 e o GT esportivo em 1971. Em 1977, o Corcel II recebeu uma carroceria redesenhada, moderna e elegante. - geração trouxe os motores Cléon-Fonte 1300, o 1400 e posteriormente o 1600, incluindo versões mais potentes como o GT.
Cada versão é pensada para um público diferente, desde o Standard básico até o luxuoso LDO e o esportivo GT.
Entre essas inovações destacavam-se o sistema de radiador fechado, que reduzia a necessidade de manutenção, a tração dianteira que proporcionava grande estabilidade para os padrões da época, e o motor econômico e silencioso.
O Corcel também enfrentou concorrentes como o Volkswagen 1600 TL e posteriormente o Passat e Dodge Polara. Também vem em versões especiais, como o Corcel Bino em homenagem ao piloto Christian "Bino" Hines e o Corcel II JPS inspirado na equipe Lotus de Fórmula 1.
Embora a produção tenha terminado em 1986, o legado do Corcel continua vivo. Abriu caminho para outros modelos da Ford no Brasil, como a caminhonete de luxo Pampa e o uso de rodas com três parafusos, um recall pioneiro no país e o nome que foi inspirado no Mustang destacam sua relevância histórica. O Corcel é lembrado não apenas por suas inovações, mas também por seu impacto na memória afetiva dos brasileiros.
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