Modelos importados sofrem com uma desvalorização mais alta que a dos nacionais por uma série de fatores. Peças mais difíceis, importadas ao sabor do dólar, explicam um bocado sobre isso, mas não só. Se o modelo tiver sido lançado no Brasil há pouco tempo e já mudar no exterior, isso é ainda mais certeza de que o valor vai descer a ladeira. Caso do Ssangyong Korando. Lançado no Brasil há pouco mais de um ano, em sua terceira geração, ele enxerga a quarta ser revelada no Salão de Genebra como uma ameaça. Afinal de contas, o Korando não deve demorar a mudar por aqui também. Questão de meses até a homologação ser feita e as primeiras unidades começarem a ser importadas. Já havíamos cantado essa bola. Quem comprou o anterior tem duas opções: ou fica com ele por mais de cinco anos, para compensar o investimento, ou senta e chora.
Com 4,41 m de comprimento e 1,83 m de largura, o novo Korando tem exatamente as mesmas medidas do anterior a não ser pela altura, de 1,68 m. Isso representa um aumento de 35 mm na altura. Considerando que o vendido no Brasil tem 1,71 m de altura, ou 1.710 mm, por conta do ajuste da suspensão ao péssimo asfalto brasileiro, o novo deverá ter 1,75 m por essas bandas.
Antecipado pelo conceito E-SIV, o novo Korando terá um motor 1.5 turbinado a gasolina e também um 1.6 turbodiesel, mas a Ssangyong já anunciou que venderá em 2020 uma versão totalmente elétrica do modelo. Uma que tem grandes chances de ser vendida também no Brasil, com a baciada de elétricos anunciada para o país depois da aprovação do Rota 2030. Por aqui, o Korando enfrenta modelos como o Jeep Compass. Só esperamos que, com a nova geração, a Ssangyong não traga mais modelos que podem sair de linha apenas um ano depois de terem começado a ser vendidos em suas concessionárias brasileiras. Nem todo cliente tem a sorte de ler a KBB para fazer uma compra mais consciente...
