Bem que nossos amigos do site Autos Segredos adiantaram em outubro de 2015: a Renault teria um novo motor turbo flex para o Brasil. Ele seria um 1.3 de 3 cilindros capaz de render 170 cv. Pois nesta quinta (7) a Renault confirmou, em parte, a informação ao mostrar seu novo motor Energy TCe para as linhas Scénic e Grand Scénic. Ele é realmente um 1.3 com turbocompressor, mas com 4 cilindros, na verdade, e sua potência chega a, no máximo, 160 cv. A explicação para isso é simples: no Brasil, com o uso de etanol, ele poderá render bem mais. Provavelmente os 170 cv que os amigos do Autos Segredos mencionaram há mais de 2 anos.
Desenvolvido em parceria com a Daimler, o motor 1.3 Energy TCe tem três potências: 115 cv, com câmbio manual, 140 cv e 160 cv, tanto com a transmissão manual quanto com a automatizada de dupla embreagem de 6 marchas. "Comparado ao motor Energy TCe 130 (um 1.2), o novo motor Energy TCe 140 oferece um torque máximo com 35 Nm a mais (240 Nm, ou 24,5 kgfm, contra 205 Nm do 1.2). E ele está disponível em uma faixa duas vezes mais ampla, de 1.500 rpm a 3.500 rpm", disse Philippe Brunet, vice-presidente de engenharia de motores térmicos e elétricos da Aliança Renault Nissan Mitsubishi.
Entre as novidades do novo motor estão o Bore Spray Coating, mesma tecnologia de revestimento de cilindros presente no motor do Nissan GT-R. Ela ajuda a reduzir o atrito e otimiza a condutividade térmica do motor. A injeção direta de combustível também é mais forte, com uma pressão de 250 bar, que ajuda o combustível a se misturar de forma mais eficiente com o ar por conta de uma concepção específica da câmara de combustão e que a Renault não detalhou neste primeiro momento. Por fim, ele traz o Dual Variable Timing Camshaft, que atua nas válvulas de admissão e de escape em razão das solicitações do motor. É provavelmente um sistema semelhante aos Dual VVT-I da Toyota, sem a mesma sofisticação dos MultiAir, da FCA, ou dos Valvetronic, da BMW. Questão de custos, mas a Renault diz que o motor oferece mais torque em baixa, com uma oferta mais linear de força mesmo em rotações mais altas.
As potências diferentes confirmam, mais uma vez, o que o pessoal do Autos Segredos havia dito: que este motor deverá ser usado em Sandero, Logan e Duster, provavelmente como substituto do 1.6 atual, de origem Nissan, ou como uma versão mais forte, acima desta motorização. Afinal de contas, ele poderá chegar a 170 cv, uma potência muito respeitável. Resta saber que modelos a terão à disposição, ainda mais depois da morte do Fluence. Algum novo crossover, acima do Captur? Um Sandero RS ainda mais apimentado? Façam suas apostas!