A Hyundai prepara um crossover compacto com pretensões mundiais. Conhecido pelo código QXi, ele pode ou adotar este nome como o definitivo ou ser chamado de Styx, ou Estige, em bom português. Ela era uma ninfa, filha de Tétis, que ajudou Zeus na guerra contra os Titãs e ganhou em troca uma fonte de águas mágicas que davam a quem se banhasse nelas o poder da invulnerabilidade. Foi ali que Tétis, pai também de Aquiles, banhou seu filho, deixando apenas seus calcanhares de fora do rio, o que os tornou a única vulnerabilidade do herói, segundo a mitologia. O pequeno crossover será apresentado no Salão de Nova York, em 17 de abril, e simultanealmente também na Índia, onde ele tem sido desenvolvido com mais afinco.
O vídeo abaixo, o primeiro teaser do modelo, mostra bem de onde saiu o projeto: de Chennai, onde a marca coreana tem uma grande fábrica e também um centro de desenvolvimento. Confira:
O QXi/Styx terá medida próxima dos 4 m, para se encaixar em um regime tributário mais benéfico na Índia. Se isso parece pouco, lembre-se de que o HB20 tem 3,92 m. O modelo terá na Índia motores 1.4 a gasolina, de 100 cv, 1.4 turbodiesel, de 90 cv, e um 1.0 TGDi com algo em torno de 120 cv. Enquanto os outros motores terão câmbio manual de 6 marchas, o 1.0 terá transmissão automatizada de dupla embreagem e 7 marchas.
De que modo o Brasil poderia estar incluído no lançamento? A fábrica de Piracicaba terá sua capacidade ampliada de 180 mil unidades para 210 mil unidades, o que poderia incluir a produção do Styx por aqui. Ainda mais considerando que ele deve entrar no lugar do HB20X, mas o mais provável é que ele seja importado do México.
A Hyundai ainda não disse onde ele será fabricado para abastecer o mercado norte-americano, mas a aposta mais certeira é que isso aconteça em Nuevo León, no norte do México, em uma fábrica aberta em setembro de 2016 para a produção do Accent. O Styx/QXi é visto como o substituto deste modelo no mercado norte-americano, o que faria dele o crossover mais barato à venda por lá. Com capacidade de 100 mil unidades, Nuevo León deve abastecer também o mercado brasileiro. Especialmente depois do acordo de livre comércio entre o Brasil e o México ser finalmente concretizado.
