Depois que a Chevrolet apresentou no Brasil seu substituto para o Captiva Sport, o Equinox, por R$ 149.900, o pacote impressionou muito. Sim, ele era caro (e já está mais, vendido a R$ 155.990), mas vinha com motor de Camaro e uma variedade gigantesca de itens de série. Também começou carreira vendendo absurdamente bem. Quem, afinal, poderia competir com ele de igual para igual? Provavelmente a quinta geração do Honda CR-V, elogiadíssima por público e crítica nos EUA. Mas são exatamente os EUA que mais prejudicam o SUV. Enquanto o Equinox vem importado do México, sem impostos por conta do acordo bilateral com o Brasil, o CR-V só é fabricado nas terras do Tio Sam. E é por isso que ele será vendido aqui apenas em sua versão topo de linha, a Touring, por R$ 179.900. Ou por R$ 30 mil a mais do que Equinox foi lançado. Daria para levar um Renault Kwid de troco.
A linha 2018 do CR-V traz apenas o motor 1.5 turbo usado também pelo Civic Touring, mas com 190 cv a 5.600 rpm em vez de 173 cv. E com torque máximo de 24,7 kgfm, entre 2.000 e 5.000 rpm no lugar dos 22,4 kgfm do sedã. A transmissão é a mesma CVT do irmão fabricado no Brasil. Totalmente renovado, ele tem 4,59 m de comprimento, 1,85 m de largura, 1,69 m de altura e entre-eixos de 2,66 m. Menor que o do Civic, mas compensado pela posição mais alta de dirigir.
Na versão única Touring, o CR-V virá com tração nas quatro rodas e um pacote de itens de série respeitável, mas abaixo do oferecido pelo Chevrolet Equinox, com auxiliares eletrônicos de segurança e comodidade para o motorista, como o porta-malas de abertura elétrica e por sensor, abaixo do para-choque. Basta passar o pé sob o sensor para que a tampa se abra, o que facilita bastante quando o motorista está com compras ou uma criança no colo, por exemplo. O novo CR-V também traz um inédito head-up display, que projeta informações no campo de visão do para-brisa, monitor de mudança de faixa, de atenção do motorista, controle de tração e estabilidade e freio de mão eletrônico.
Aos que optarem pelo Honda, que oferece 3 anos de garantia, como os demais modelos da marca japonesa, as opções serão de cores: White Diamond, branco perolizado, Lunar Silver, prata metálico, Cristal Black, preto perolizado, e Basque Red, um vermelho perolizado. Também será possível escolher três opções de acabamento interno, dependendo da cor externa: marfim (para as cores White Diamond e Basque Red), preto (para a cor Lunar Silver) ou cinza (para o Cristal Black). Resta saber quem se encantará por ele com um concorrente como o Equinox no pedaço. Mais forte, mais equipado e mais barato. Será que o futuro Toyota RAV4 consegue ameaçar o GM?