No último Guia de Compra Kelley Blue Book trouxemos o Ford EcoSport, modelo que praticamente inaugurou o segmento de SUVs compactos. Dessa vez traremos outro SUV, no entanto, mais contemporâneo, o Citroën C4 Cactus. O motivo? Simples, enxergamos nele um Volkswagen Nivus sem o apelo da marca alemã. Explicaremos adiante.
Se você ainda não conhece nosso Guia de compra, já trouxemos carros como Volkswagen Polo, Fiat Argo, Peugeot 208, Honda Fit, entre outros. Aqui, tiramos a limpo preços sugeridos, além de qualidades e defeitos de opções no mercado. Outros SUVs que passaram por aqui foram o Jeep Renegade e o Honda HR-V.
EQUIPAMENTOS E TECNOLOGIA
PRÓS E CONTRAS
QUAL VERSÃO COMPRAR?
DESEMPENHO
Neste caso você pode escolher entre o razoável e o excelente. As opções de motores são sempre 1.6, um naturalmente aspirado e outro dotado de turbo.
O primeiro deles é o 1.6 de 16V e até 122 cv e 16,4 kgfm de torque. Esse motor pode ser ligado ao câmbio manual de cinco marchas ou automático de seis velocidades.
Confira o preço KBB de todas as versões do Citroën C4 Cactus
O segundo é o grande trunfo do modelo: motor 1.6 turbo de 173 cv e 24,5 kgfm de torque. Ele é um velho conhecido da PSA, equipando uma variedade de modelos na gama das duas marcas (Peugeot e Citroën), mas isso só comprova sua capacidade de agradar a condução de basicamente qualquer veículo que ele impulsione.
No Cactus não é diferente. O desempenho dele é notável mesmo num segmento com outros SUVs que se gabam por ter motores turbos empolgantes (como Chevrolet Tracker e Volkswagen T-Cross).
CONFORTO INTERNO
Apesar das dimensões darem a sensação de um carro pequeno, o C4 Cactus leva com conforto quatro pessoas. O que deve acontecer com o Nivus futuramente, uma vez que se trata, basicamente, de uma versão do Polo com mais altura do solo e porta-malas.
Ainda assim, perante o futuro Volkswagen, o Citroën entrega cinco centímetros a mais de entre-eixos. No entanto, perde consideravelmente no porta-malas.
Os bancos são confortáveis e a suspensão faz um bom trabalho, com a calibração bem acertada para as ruas brasileiras, mas sem comprometer a estabilidade.
O nível de acabamento é razoável, sem rebarbas ou falhas, mas só há material mais macio a partir da versão Feel Pack. Essa falha é compensada pelo bom número de porta-objetos.
EQUIPAMENTOS E TECNOLOGIA
De série, o C4 tem airbag duplo, luzes diurnas em LED, cintos e apoios de cabeça para todos os passageiros, Isofix, Top Tether, alerta de cintos, freios ABS com EDB, lanternas com efeito 3D, trio elétrico (apenas motorista one touch), luzes de frenagem de emergência, ar-condicionado, direção elétrica, rodas de aço aro 16, computador de bordo, indicador de mudança de marcha, volante com ajustes de altura e profundidade, Bluetooth e USB, banco do motorista com ajuste de altura, Airbumps laterais, painel digital e barras longitudinais no teto.
A partir da Feel há alarme perimétrico e todos os vidros com função um toque. Na versão automática, adiciona-se: controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, faróis de neblina, faróis de neblina com função curva, sensor de pressão dos pneus, câmera de ré, econômetro, regulador de velocidade e limitador.
A Shine tem airbags laterais, alarme volumétrico, Grip Control (modos de terreno e condução), retrovisor eletrocrômico, sensor crepuscular, entrada sem chave, botão de partida, sensor de chuva, ar-condicionado automático, volante em couro, bancos em couro (exceto Shine 1.6 aspirado), painel soft touch, maçanetas na cor do carro, barras no teto exclusivas e rodas de liga leve aro 17 exclusivas.
Por fim, a topo de linha conta com airbags de cortina, alerta de saída de faixa, alerta de atenção ao condutor, alerta de descanso, frenagem automática de emergência e alerta de colisão.
PRÓS E CONTRAS
Vantagens | Desvantagens |
Desempenho | Consumo 1.6 aspirado |
Consumo THP | Preço |
Itens da topo de linha | Porta-malas |
Conectividade | Itens de segurança na versão básica |
Espaço | Acabamento na versão básica |
QUAL VERSÃO COMPRAR?
Como sempre, tudo depende do seu bolso. Se você estiver pensando em comprar um hatch popular, por exemplo, ali na casa dos R$ 55 mil, poderá levar para casa o Live 1.6 MT por R$ 58 mil, mas dá para negociar por R$ 56 mil e terá um carro consideravelmente mais espaçoso. No entanto, o foco de compra em SUVs deverá ser sempre os automáticos, nesse caso, o preço passa para R$ 67 mil na Feel 1.6 AT.
A Feel Pack com a mesma motorização já sobe para R$ 72 mil, por isso, neste cenário, talvez seja mais interessante subir direto para a topo de linha, Shine Pack, com os importantes acréscimos de segurança e o consagrado motor 1.6 THP, mas a conta sobe para R$ 80 mil. Lembrando que a média de quilometragem desse carro está abaixo dos 10 mil km, portanto, ainda novo praticamente. Outro ponto que merece destaque é que a topo de linha nas concessionárias da marca passam dos R$ 100 mil.
Confira nossa avaliação do Citroën C4 Cactus