Acostume-se a olhar para a China como a referência dos carros vendidos no Brasil. Se não importados diretamente de lá, como o Ford Territory ou o JAC T40, como fonte dos projetos que serão fabricados aqui. É o caso do novo Chevrolet Prisma, que já apareceu por lá como o Onix Sedan. Será o do próprio Onix, projetado por engenheiros chineses. E também do futuro Tracker, que, como já dissemos, será baseado no conceito FNR-X. As fotos desta reportagem, publicadas pelo site Autohome, mostram bem que a inspiração no conceito está mais do que confirmada, ainda que bastante atenuada. Até o retrovisor com o qual o modelo foi flagrado pela primeira vez já adota um estilo de produção mais evidente. E menos elegante.
O futuro Chevrolet Tracker será baseado na nova plataforma GEM (Global Emerging Markets) e, como dizem os amigos do Autos Segredos, será fabricado em São Caetano do Sul, em São Paulo. Será uma estratégia para deixar a fábrica de Gravataí livre para o hatchback e o sedã, modelos de maior volume em que o custo de produção conta mais para ter lucratividade. O Tracker, com mais valor agregado (e uma etiqueta de preço mais salgada) cabe perfeitamente nos custos mais altos da fábrica mais antiga.
Outro detalhe interessante do flagrante foi a revelação de que o modelo usará câmbio manual de 6 marchas no mercado chinês. Quase uma curiosidade, já que o modelo, no Brasil, deverá usar apenas a transmissão automática de 6 marchas, considerando o perfil de clientela dos crossovers compactos. Se houver uma versão manual, será de entrada e voltada principalmente a frotistas. O motor provavelmente será o 1.0 de 3 cilindros turbinado, de 125 cv e 17,3 kgfm com gasolina, mas há também um 1.3 turbo, que chega a 163 cv e 23,4 kgfm apenas com gasolina. O novo Tracker deverá ter entre-eixos de no mínimo 2,61 m, como o do novo Prisma, mas não duvidaríamos de que ele fosse maior. Como o do futuro VW T-Cross, que terá 2,65 m.