Apresentada em 2012, a plataforma MQB foi uma verdadeira revolução na indústria. Ela permitiu ao grupo Volkswagen não apenas ter uma plataforma que podia ser partilhada entre modelos de mesmo tamanho, mas também uma que permitia o compartilhamento de componentes em uma escala nunca antes vista. A MQB está hoje em modelos que vão do Polo ao Passat. Do futuro T-Cross ao gigante Atlas. Não demorou para que outras fabricantes adotassem estratégia parecida, como a Toyota com a TNGA, de 2015. Pelo menos não em todos os casos. A Ford levou 6 anos para conceber e colocar sua arquitetura modular em operação. Trata-se da C2, apresentada com a quarta geração do Focus. Segundo a Automotive News, Joe Bakaj, chefe de engenharia da Ford da Europa, chega a chamá-la de "o Santo Graal". Um que deve ajudar a marca a economizar US$ 4 bilhões nos próximos 5 anos. Haja santidade!
Ainda de acordo com a reportagem, a nova plataforma é tão importante que a Ford designou um único chefe de design para cuidar de todos os modelos derivados dela. Será Joel Piaskowski, designer que trabalhou na GM, na Hyundai e na Mercedes-Benz antes de se unir à Ford, onde atuou nos projetos do Mustang de sexta geração e da F-150. Assim como na Volkswagen e na Toyota, a ideia é usar a C2 para fazer veículos que vão do Fiesta ao Fusion, passando por crossovers como o Edge (derivado do Fusion) e o Escape (chamado de Kuga na Europa, o crossover do Focus).