O Fiat Punto nasceu em 1993. A última geração, batizada de Grande Punto, é de 2005, tem projeto de Giorgetto Giugiaro e também fez carreira no Brasil. Era considerado um dos modelos de melhor dinâmica da marca, algo que ele transmitiu a seu sucessor, o Argo, por meio de sua plataforma, adaptada para se tornar a MP1. Por aqui, o carro deu adeus em junho de 2017, mas resistiu na Europa. Cogitava-se que ele teria um substituto. Mas não teve. A Fiat se conformou em vender o Tipo, um modelo sutilmente maior que o Punto, e deixar o Punto morrer vagarosamente. A agonia acabou no final de junho, com muitos funcionários tirando fotos com a última carroceria do Punto a ser produzida no mundo na fábrica de Mirafiori, na Itália.
A morte do Punto é parte da mudança de estratégia da FCA para a Fiat. Os modelos da marca, de altos volumes, deverão sair de países com produção mais barata, como a Polônia. A Itália fabricará apenas modelos premium da FCA, como os Alfa Romeo, Maserati e Jeep. Além disso, o segmento de hatchbacks compactos vem perdendo espaço no Velho Continente para crossovers. A Fiat tem planos de ter 3 deles e, no Brasil, fará um investimento de R$ 14 bilhões para entregá-los. É muito provável que eles sejam vendidos também na Europa.