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Avaliação KBB - Fiat Argo Precision

O novo compacto premium da Fiat chegou ao mercado para desafiar Hyundai HB20, Onix e companhia. Mas será que ele consegue vencê-los?

O principal lançamento da Fiat para este ano tem um nome que evoca a mitologia grega. Assim como Jasão, a Fiat embarcou no Argo em busca de seu Velocino de Ouro particular: uma maior participação de mercado com um veículo que seria o melhor Fiat construído nos últimos anos.

 

Ao contrário do inicialmente previsto, o Argo não matou nem o Punto nem o Palio. Ambos ainda estão em linha, o que mostra que a marca ou os descontinuará lentamente ou os manterá em produção enquanto houver demanda.

Em termos de estilo, o Argo tem elementos que remetem tanto a irmãos menores, como o Mobi, quanto aos concorrentes, como VW Gol e Chevrolet Onix, atual modelo a ser batido nas preferências do consumidor. Isso talvez explique um pouco a demora para o novo Fiat embalar nas vendas.

Fiat Argo Precision

Na versão avaliada, a Precision, a Fiat chega a seu segundo modelo nacional com câmbio automático. O primeiro foi a picape Toro, que usa tanto o automático de 6 marchas presente no Argo quanto o de 9 marchas em sua versão diesel. Antes dela já tivemos o 500 e o Freemont com o mesmo tipo de transmissão.

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Fiat Argo Precision

O Argo é hoje o Fiat com melhor acabamento. Todas as peças internas apresentam um padrão muito acima do de modelos anteriores da marca até a chegada da Fiat Toro. Com isso, o interior se mostra acolhedor e moderno.

Antenada com os novos tempos, a Fiat também oferece no Argo uma central eletrônica de ótima qualidade, com tela sensível ao toque de 7 polegadas e posicionada no alto e no centro do painel, em lugar que favorece a visualização. Também atende a demandas modernas, como um lugar para carregar o celular também para os passageiros do banco traseiro ao oferecer uma entrada USB específica para eles.

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Fiat Argo Precision

Com 2,52 m de entre-eixos, o Argo deveria oferecer bom espaço interno, mas ele dá a impressão de ser mais apertado no banco traseiro do que o Hyundai HB20 e seus 2,50 m de entre-eixos, por exemplo. Isso talvez se deva à posição de dirigir do hatchback da Fiat, mais baixa do que a média do segmento. Algo bom para quem gosta de guiar de modo mais esportivo, mas que compromete o aproveitamento de espaço. Que já não é dos maiores.

Ajuste o banco do motorista para alguém com cerca de 1,80 m e alguém do mesmo tamanho ficará com o encosto entre as pernas. E com a cabeça roçando no teto.

Fiat Argo Precision

Ao mesmo tempo em que o Argo parece oferecer tudo para que o motorista encontre a melhor posição de dirigir, o volante, que deveria ser anatômico, com boa pegada, tem um encaixe para os polegares que deixa estes dedos sempre um pouco incomodados. Os comandos satélite também parecem corretos até você notar que estão um pouco fora de alcance, exigindo deslocar um pouco as mãos para conseguir manipulá-los. Coisa miúda, com a qual rapidamente você se acostuma, mas que dá a impressão de que a ergonomia poderia ser melhor.

O que tem de novo em 2017

Apresentado em 2017, o Argo é o que a Fiat tem de novo este ano. Com a previsão de uma versão sedã do modelo, fabricada na Argentina, dentro de alguns meses.

Dirigindo o Fiat Argo Precision

A posição baixa de dirigir que o Argo oferece é algo que agrada de cara quem aprecia tempo ao volante com trânsito livre. Perdoe os pecadinhos de ergonomia e a promessa que se tem é de momentos agradáveis dirigindo. Não fosse a programação da caixa automática deste Fiat.

Fiat Argo Precision

Uma característica dos projetos mais modernos é o ajuste padrão destes componentes voltado à redução do consumo. Com isso, as transmissões são ajustadas para jogar sempre a marcha mais alta possível para uma determinada situação de rodagem. Na prática, o que acontece é quase um comportamento “on” e “off”. Em outras palavras, ou o carro parece sem força ou está dando o máximo que pode.

Isso é bem visível nos modelos mais recentes da Fiat e da Jeep. Tanto que o Renegade e a Toro trazem um botão “mágico” no painel, chamado Sport, que deixa o comportamento dos veículos mais agradável. O Argo não tem o tal botão, mas deveria. Isso deixaria sua condução mais linear, sem os altos e baixos que esse mapeamento do câmbio gera. Não só do automático, mas também do GSR, o novo nome do automatizado Dualogic.

 

Fiat Argo Precision

As borboletas atrás do volante, regulável em altura e distância, até ajudam um pouco a coibir esse comportamento, muito mais nítido em trânsito pesado. Mas não de modo suficiente. Reduza uma marcha e, alguns segundos depois, o câmbio já coloca duas marchas acima da que você selecionou. Volte para a que você quer e ele troca novamente, dali a pouco. E assim será enquanto você quiser que o Argo apresente o comportamento que espera, não o que ele oferece. Por isso uma programação diferente do câmbio, ou pelo menos a opção de contar com ela, que o botão Sport ofereceria, seria não apenas desejável, mas altamente recomendável.

Como já virou padrão na Fiat, a suspensão é mais firme que a do Uno e do Palio, por exemplo, sem que isso comprometa o bom nível de conforto. Os freios não têm assistência exagerada e a modulação do pedal é correta.

Sacadas inteligentes

O Argo não traz nada que o torne excepcional diante da concorrência. Estilo e propostas estão bem parelhos com os dos oponentes, mas ele tem algumas ideias legais, como a entrada USB para os passageiros do banco traseiro e a central eletrônica em boa posição, que lhe dá a aparência de ser um carro de segmento superior. O sistema stop-start, outro recurso para economizar combustível, parece ser mais um pouco mais lento do que o usado pela Renault no Sandero e no Logan 1.6.

Detalhes do Argo Precision

Interior

Fiat Argo Precision

O Argo apresenta um interior bem construído e elegante, de linhas modernas. Os plásticos usam texturas de bom gosto e os porta-objetos seguem o padrão do segmento: porta-mapas nas portas, um nicho para o celular à frente do câmbio, com um porta-copos. Há quem reclame de o puxador da porta do motorista cutucar a perna, mas não foi algo que sentimos em nossa avaliação.

Exterior

Houve um tempo em que se dizia que o Argo seria a versão brasileira do Fiat Tipo, um modelo que vem fazendo muito sucesso na Europa. Ao adotar uma identidade própria, aparentada com a da Toro e do Mobi, o Argo talvez tenha ficado muito parecido com outros modelos. Todos os casos recentes de sucesso no mercado, como o Hyundai HB20 e o Renault Kwid, partiram para desenhos que os destacaram da multidão. O Argo sempre lembra algum outro modelo, dependendo do ângulo pelo qual é visto. O que o torna um bocado familiar e discreto. Tudo que um candidato a grandes volumes de vendas, atualmente, não pode se atrever a ser.

Equipamentos

De série, além dos elementos que já citamos, o Argo Precision AT6b vem com alarme, aerofólio traseiro, faróis de neblina, ar-condicionado, direção elétrica, computador de bordo, trio elétrico, com vidros um-toque em todas as portas, controles de tração (TC), de estabilidade (ESC), Hill Holder, controlador de velocidade, chave canivete, monitoramento da pressão dos pneus, limpador e desembaçador do vidro traseiro e volante revestido de couro e rodas de liga leve de aro 15, entre outros. Dos opcionais a gente fala quando tratar dos preços.

Sob o capô

Fiat Argo Precision

O motor do Argo Precision é o conhecido 1.7 e.TorQ, também usado na Fiat Toro com a mesma transmissão automática de 6 marchas. Ele não é um primor de modernidade, mas entrega bons 139 cv a 5.750 rpm e 19,3 kgfm a 3.750 rpm com etanol (135 cv e 18,8 kgfm com gasolina, nas mesmas rotações). Um bom parâmetro de comparação é com o novo motor 1.5 de 3 cilindros Dragon, da Ford, que gera quase a mesma potência (137 cv), ainda que com torque mais baixo (16,2 kgfm).

O motor e.TorQ é beneficiado pela regulagem voltada a consumo, que joga sempre a marcha mais alta possível para cada situação. Rodando a giros baixos, sua aspereza fica menos evidente no dia a dia, ainda que o resultado seja o comportamento que já relatamos acima.

Sobre o preço

O Fiat Argo Precision é vendido a R$ 67.800 na cor do modelo de avaliação, o Branco Banchisa, mas pode ter acréscimos de R$ 1.600 para cores metálicas ou perolizadas. Entre os opcionais ele traz o Kit Tech (R$ 3.500), que acrescenta o sistema de partida e entrada no carro sem chave, sensores crepuscular, de chuva e retrovisor interno eletrocrômico, retrovisores externos rebatíveis, ar-condicionado digital e uma tela central no painel de instrumentos, de 7 polegadas, personalizável. Outro pacote é o Kit Parking (R$ 1.200), que adiciona câmera de ré e sensores de estacionamento traseiros. O cliente ainda pode dotar o Argo de Kit Style (R$ 2.200), com bancos com revestimento que imita couro e rodas de aro 16, e de airbags laterais. O modelo avaliado trazia todos eles, o que levou seu preço a R$ 77.200. Se a pintura fosse metálica, o Argo Precision chegaria a R$ 78.800.

 

Com um preço destes, ele fica pouca coisa mais caro do que um VW Golf 1.6 MSI manual, vendido a R$ 78.130. E incita uma discussão cada vez mais presente no mercado brasileiro: um modelo menor, mas mais completo, ou um de categoria superior, mas menos equipado? Cabe ao consumidor responder, mas modelos maiores e mais vistosos costumam levar a melhor na disputa. Tanto que o Argo já é vendido com descontos sobre sua tabela de preços. Eles podem chegar a mais de R$ 4 mil. Lembre-se disso na hora de comprar o seu.

Avaliação Profissional KBB
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