A De Lorean Motor Company quer trazer o DMC-12 de volta à vida desde 2016, mas parece que a legislação americana não está do lado da empresa. E isso traz um custo alto em credibilidade. Tanto que James Espey, vice-presidente da empresa texana, já cogita conseguir uma certificação como fabricante de veículos em volumes baixos na União Europeia em vez de nos EUA. A vantagem seria o fato de "eles terem mais experiência e mais entendimento sobre a indústria de fabricação de carros em baixos volumes", disse o executivo ao site Hemmings Daily.
Ainda não sabemos se isso implicaria ter de produzir na Europa, mas já entramos em contato com Espey para entender toda a situação. Por ora, podemos dizer que uma das maiores preocupações do executivo é mostrar a seriedade de intenções a seus fornecedores. Ele disse ao Hemmings Daily que já perdeu duas chances de conseguir um item essencial à segunda encarnação do DMC-12 e que ficou em saia justa. "O fornecedor me disse: você quer mesmo fabricar esse carro ou está de brincadeira com a gente? A marca De Lorean abre uma série de portas com os fornecedores, mas sozinha não ajuda muito em manter essas portas abertas."
O problema todo ocorre por uma série de filigranas que precisam ser sanadas com a NHTSA (National Highway Traffic Safety Administration). Os motores precisam ser atuais e certificados pela EPA ou pela CARB, agências ambientais americanas, mas as certificações não são para fabricantes, e sim para cada carro individualmente. Algo que precisa de uma explicação melhor dos burocratas norte-americanos. "A NHTSA está com muitas coisas nas costas. Eles estão lidando com o recall da Takata e também com carros autônomos. Não dá para culpá-los. Eles estão tão frustrados quanto nós. Eles sabem que estamos numa situação delicada, mas estão com as mãos tão atadas quanto as nossas", disse Espey. Se a certificação europeia ajudar a trazer o DMC-12 de volta à vida mais rápido, e com motores mais modernos e fortes do que o V6 original, já nos damos por satisfeitos!