Com um desempenho em vendas que deve fazer a Chery ter se arrependido de vender suas operações para a CAOA, o Tiggo 2 dá sinais de maturidade no mercado. Inclusive para o lado ruim da maturidade, com seu primeiro recall. Que é, no frigir dos ovos, algo melhor do que os chamados recalls brancos, nos quais os fabricantes escondiam os defeitos dos carros, consertando-os apenas se os veículos apareciam para revisão. O problema enfrentado pelo Tiggo 2 está no chicote do ECM, o módulo de controle eletrônico do motor, popularmente chamado também de centralina.
Em 3.575 Tiggo 2 produzidos entre 23 maio de 2017 a 11 setembro de 2018, a fricção entre o chicote e a carroceria do crossover compacto pode causar desgaste da fiação, o que levaria a curtos-circuitos. Isso leva a uma grande variedade de problemas. De um incêndio a queimar de vez módulos eletrônicos que custam um bom dinheiro. De um susto a um acidente grave com o veículo. Daí o recall, que envolve qualquer problema que ameace a segurança dos ocupantes.
Os chassis envolvidos no chamamento, não sequenciais, são de unidades dos modelos 2017, 2018 e 2019 e vão de JA000929 a KA006473. Quem estiver na dúvida sobre o envolvimento de seu veículo no recall deve ligar para a empresa, no telefone 0800-772-4379. A página de recall da marca deveria trazer informações sobre o problema, mas ainda não foi atualizada. Aliás, o site todo carece de atualização: na área de notícias, a mais recente é de janeiro de 2018...