O Volkswagen Virtus é um sucesso de vendas. Poucos meses depois do seu lançamento o carro já configurava entre os mais vendidos, até encerrar 2018 na segunda posição entre os sedãs compactos, atrás apenas do Chevrolet Prisma (41.634 unidades vendidas contra 71.735 do líder). Este ano, o modelo continua sustentando o mesmo lugar no pódio do segmento, tendo encerrado o primeiro trimestre com pouco menos de 10 mil unidades vendidas. Ou seja, definitivamente, o Virtus caiu no gosto do mercado, confirmando a expectativa da KBB Brasil quando tivemos a oportunidade de avaliar a versão topo de linha do sedã, a Highline 1.0 TSI.
Desta vez, ao volante da versão 1.6 MSI automática, ficam claras algumas fraquezas das versões de entrada do Virtus, sendo as principais delas a simplicidade no acabamento e o preço, este último especificamente da versão avaliada pela KBB Brasil nesta matéria, que parte de R$ 68.870. Contudo, outros trunfos relacionados ao projeto do Virtus (como o espaço e a dirigibilidade) permanecem elogiáveis, independentemente da versão. E são tais qualidades que podem fazê-lo persuardir o consumidor em seu favor, quando comparamos o que o Virtus tem a oferecer em relação a rivais como Toyota Yaris, Fiat Cronos e Nissan Versa, sedãs semelhantes em porte e/ou preço.
Do que você vai gostar no Volkswagen Virtus 1.6 MSI AT
Para quem prioriza conforto e espaço interno, o Virtus é um prato cheio. O sedã tem a maior distância entre-eixos do segmento, com 2,65 m, aumentando consideravelmente o espaço para as pernas em comparação com o Polo, com quem divide a plataforma. O volume do porta-malas, de 521 litros, é outro exemplo do quanto o Virtus esbanja espaço, afinal, está entre os maiores da categoria (atrás do Fiat Cronos e Chevrolet Cobalt).
A dinâmica que a arquitetura MQB proporciona ao Virtus é outra qualidade notável do sedã. Ele consegue aliar bem conforto e estabilidade, produzindo poucas batidas secas no assoalho ao superar obstáculos. O desempenho do motor 1.6 também merece elogios, desde que não haja direta comparação com o 1.0 TSI. Equiparando-o com os outros rivais de motor aspirado, o Virtus 1.6 automático é capaz de atender às necessidades do motorista muito por conta do rápido e inteligente comportamento do câmbio automático. Não se trata de um desempenho arrebatador (longe disso), e ainda haverá situações em que o motorista precisa recorrer à primeira marcha, dependendo da ladeira, mas nada que fuja do bom patamar existente no segmento.
Talvez você não curta...
As versões de entrada do Virtus são bastante simples do que diz respeito ao acabamento. Não há rebarbas que denotem falta de capricho quanto à instalação, mas a ausência de materiais macios e agradáveis ao toque diverge da essência mais "premium" que o modelo detém dentro da gama da marca. Vacilos como a falta de um baú entre os bancos (que também poderia servir como um apoio de braço), entrada USB e saída de ar-condicionado para os passageiros de trás são economias que poderiam ter sido evitadas para entregar um pacote mais atraente. E se os 4 airbags de série são importantes, a falta de controle de estabilidade de série contrabalança o nível de segurança na direção errada.
Avaliação completa
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NA PONTA DO LÁPIS
Veja como o Volkswagen Virtus 1.6 MSI AT se sai num comparativo contra seus rivais mais próximos em porte e preço:
FICHA TÉCNICA
Modelo | Volkswagen Virtus |
Motor | 1.6, 16V, 4 cilindros, dianteiro, transversal, flex |
Potência | 117 cv a 5.750 rpm |
Torque | 16,5 kgfm a 4.000 rpm |
Câmbio | Automático, 6 marchas |
Tração | Dianteira |
Freios (d/t) | Discos ventilados / tambor |
Suspensão (d/t) | McPherson / eixo de torção |
Dimensões (C/L/A) | 4,48 m / 1,75 m / 1,47 m |
Entre-eixos | 2,65 m |
Peso | 1.154 kg |
Porta-malas | 521 litros |