Avaliação KBB™ - Audi TT RS

Dono do motor de cinco cilindros turbo mais potente do mundo, o Audi TT RS é um dos esportivos que podemos chamar "de entrada" no mundo premium mais excitantes à venda hoje no Brasil. Partindo de R$ 425 mil, ele divide o foco com rivais de peso como o BMW M2 Competition e o Porsche 718 Cayman S, mas o TT RS é dono de um estilo próprio de pilotagem, que o torna democrático ao ser domável o suficiente até para quem não é piloto profissional.  

Do que você vai gostar no Audi TT RS

A configuração de motor dianteiro e tração integral faz do TT RS um esportivo de condução prazerosa, sem exigir habilidade demais de quem se senta no banco do motorista. Isso porque a tração e a estrutura do carro (composta majoritariamente por alumínio e aços de alta e ultra alta resistência) cumprem um exímio papel ao manter o modelo na trajetória desejada pelo motorista (ou piloto), mesmo em situações quando se abusa um pouco mais do ânimo em estradas sinuosas (obviamente, respeitando os limites de velocidade). 

O TT RS também não abre mão da brutalidade esperada por quem ostenta o título de motor mais potente do mundo entre os cinco cilindros de fábrica. São 400 cv produzidos do motor 2.5 turbo, acoplado à transmissão de dupla embreagem de sete marchas, conjunto capaz de o fazer disparar de zero a 100 km/h em apenas 3,7 segundos, colando os ocupantes do carro no encosto do banco durante o controle de largada. Tudo isso sob o prazer do ronco grave e singular do motor se preparando para arrancada a 4 mil rotações por minuto e o estampido produzido pelo duplo escape a cada troca de marcha.

Não menos importante para quem busca um esportivo com estilo genuíno está a aparência do TT RS. O visual naturalmente mais invocado desta geração do TT fica ainda mais provocante com o pacote de personalização da Audi Sport, responsável pela linha RS, que adiciona para-choques maiores, saias, aerofólio e difusor avantajado ao visual já icônico do cupê. É praticamente impossível passar despercebido com ele. 

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Esse estilo próprio de pilotagem do Audi TT RS pode trazer limitações numa pista. Como o TT RS não possui uma distribuição de peso equilibrada entre os eixos e a tração, embora possa transferir 100% de torque às rodas de trás, prefira mantê-lo enviesadamente dianteiro, é possível que nas mãos de alguém com mais experiência de pista o cupê da Audi mostre muita tendência ao subesterço (a famosa "saída de frente") em curvas. É um comportamento proposital do TT RS, justamente para torná-lo mais fácil de controlar a qualquer pessoa, porém pode significar o sacrifício de tempo numa pista. 

Apesar de o conjunto de suspensão do TT RS se tratar do Magnetic Ride, ou seja, com elementro hidráulico acionado por magnetismo para torná-lo mais suave ou firme, seu comportamento padrão já copia absolutamente tudo o que o carro sente sob seus pneus, o que torna seu convívio diário em cidades como São Paulo, cheias de buracos, um tanto incômodo. Além disso, os dois bancos atrás não são ideais nem para acomodar crianças com total conforto, melhor pensar neles como extensão do porta-malas (de 305 litros).

Avaliação completa

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Ficha técnica