A picape média monobloco da Volkswagen foi mostrada nesta terça (6) no Salão do Automóvel. E, como o pessoal da Auto Esporte havia adiantado, ela se chamará Tarok, um nome que brinca com a primeira picape média da Volkswagen, a Taro (uma Hilux com engenharia de emblema), e com o Tarek, o crossover médio no qual a nova picape deverá se basear. Apresentada com uma série de dados técnicos, a Tarok mostra que não é apenas um modelo conceitual, mas sim um modelo de produção disfarçado de conceito.
Com cerca de 5 m, a Tarok tem uma caçamba que, quando fechada, pode levar objetos de até 1,21 m de comprimento. Isso se uma de suas características mais interessantes não for acionada: a parede do habitáculo removível. É uma solução semelhante à oferecida pela antiga picape Avalanche da Chevrolet. Cabine dupla, a Tarok pode ser sua segunda fileira de bancos rebatida e a separação entre cabine e caçamba eliminada, o que amplia o espaço para objetos de até 1,86 m de comprimento. Se a tampa externa da caçamba for aberta, é possível leva objetos de até 2,78 m. Isso se o tal objeto se limitar à superfície da picape.
Com 5 m de comprimento, medida próxima da apresentada pela Fiat Toro, sua futura rival, a Tarok mostrada no salão tinha motor 1.4 TSI de 150 cv, flexível em combustível. E o sistema de tração nas 4 rodas 4MOTION, aliado ao câmbio automático de 6 marchas, o que mostra bem que ela foi concebida para o mercado brasileiro. Se visasse a Europa, ela certamente utilizaria as transmissões DSG, automatizadas de dupla embreagem.
Sua estreia, de todo modo, deverá acontecer com um motor turbodiesel, o mesmo 2.0 TDI usado pela Amarok, mas com 150 cv. Esse motor, vale lembrar, é o EA 189 que envolveu a Volkswagen no maior escândalo de sua história, o Dieselgate. Essa motorização exige que a Tarok seja capaz de transportar pelo menos 1 tonelada de carga, algo que a Volkswagen ressalta ao dar informações sobre o modelo.
A Tarok deverá ser fabricada na Argentina, um país com vocação para picapes. Mais especificamente em Pacheco, de onde também sai a Amarok. Talvez por isso a escolha para o motor da estreia tenha recaído sobre o turbodiesel. E deverá ser muito parecida com o conceito, a não ser por pequenos detalhes de produção. Considerando o que ela já apresenta, é bom que a Fiat Toro comece a se preparar para concorrência pesada. Talvez seus dias de tranquilidade tenham chegado ao fim.