O Brasil assiste a uma morte lenta e dolorosa (para seus fãs) de seus hatchbacks médios. Não à toa: com preços próximos dos R$ 100 mil, a maioria dos clientes tem preferido partir para SUVs e crossovers. Seria "mais carro pela mesma grana", como se costuma ouvir quem mede a qualidade de um veículo pela quantidade de aço que ele ostenta. Em meio ao ocaso, a Volkswagen apresentou nesta quarta (13) a linha 2019 do Golf. Que traz como maiores novidades um preço inicial de R$ 91.790 e a morte do câmbio manual. Diz a marca que seu hatchback teve uma "simplificação da oferta". Em miúdos, menos opções. Se você quiser um Golf, escolha o que tem. Ou parta para um SUV.
O Golf já é, desde a morte da versão 1.6 MSI, o primeiro carro brasileiro exclusivamente com motores turbinados. Só que a linha 2018 lhe deu a nova nomenclatura de motores do grupo Volkswagen. O 1.0 TSI, que teve sua cilindrada disfarçada pelo torque (em Nm), é o 200 TSI, agora com 128 cv, como no Polo e no Virtus. O 1.4 TSI virou o 250 TSI e o 2.0 TSI é o 350 TSI, um nome menos nobre, mas mais potente (230 cv), para o Golf GTI colocar sob o capô. A versão de entrada, a Comfortline 200 TSI, vem agora com a central multimídia Composition Media, com tela sensível ao toque de 8 polegadas. E o Golf GTI será vendido exclusivamente com o painel digital de 12,3 polegadas da marca, o Active Info Display.
Além dos R$ 91.790 cobrados pelo Golf Comfortline, a VW cobrará R$ 112.190 pelo Highline, com o motor 250 TSI (1.4) e R$ 143.790 pelo GTI. A VW Golf Variant, importada do México, é vendida nas versões Comfortline e Highline, sempre com o motor 250 TSI, respectivamente por R$ 102.990 e R$ 113.490. Aos fãs do modelo, o conselho é aproveitar enquanto ele ainda está em oferta. A continuarem as coisas como estão, será por pouco tempo.